Quando no ónibus a encontrei,
Num sábado qualquer de verão,
Quase fiquei louco de tesão,
Por causa das nádegas morenas
E daquelas curvas serenas...
Ah! Eu a queria naquele momento!
E em meus secretos pensamentos
Não havia nada mais indecente
Do que o desejo de lhe roubar a pureza,
Por capricho e sem muita delicadeza...
Usei de método condenável e vil
Para me aproximar daquela beleza pueril;
E ela na mais pura ingenuidade
Caiu fácil como folhas numa tempestade.
Ah! Como, Ã s vezes, as coisas são fáceis!
Vagarosamente, seduzi aquele ser inseguro,
De seios pequenos e muito duros;
Roubei-lhe a virgindade e a inocência
E a fiz mulher com paciência;
Mas lhe fiz também o que não convém...
Mas quis o destino me pregar uma peça,
Pois daquela menina ingênua a beça
Que eu queria somente uns momentos de prazer
Acabei me apaixonando se querer
E agora não sei viver sem ela...