De todos os relatos bíblicos, alguns em especial provocaram-me uma imagem mental muito forte.
Um deles é a passagem em que Marta passa ungüento nos pés do Mestre e os massageia com os cabelos.
Aos dezesseis anos, tempo em que ainda era devotada à religião católica, eu militava num grupo de atendimento a pessoas idosas, de um asilo próximo.
E nessa época, a passagem sobre Marta massageando os pés de Jesus, deu-me grande inspiração para cuidar dos velhotes. Levava comigo, um desses óleos infantis, de perfume suave, e massageava-lhes os pés, até sentir suas feições tranqüilas. Sentia que fazia um grande bem àquelas criaturas tão abandonadas e carentes.
Uma outra passagem é a de Cristo orando no Horto das Oliveiras. Tenho essa imagem num grande quadro em minha sala de jantar. Gosto de olhá-la, enquanto faço minhas refeições, Particularmente, sempre me intrigou que Jesus tivesse, também, a necessidade de orar ao Pai.Sempre achei que “suas conversas fossem mais diretas”...
E, finalmente, outra grande passagem que muito me emociona, entre tantas outras verdades, é a do Sermão da Montanha, onde Jesus, num breve discurso, proclama, sem demagogia, as virtudes tão simples que podem levar um ser ao domínio de seu “lado adverso”, se forem seguidas as “Bem-aventuranças” do Rabi.
"Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus"