Abelhinha, pra lá de malandrinha, nunca se satisfazia com pouca comida.
E vivia a indagar onde estavam as mais suculentas flores para sugar o néctar antes que outra chegasse na sua frente.
Chegava a mudar de cor, e tinha dor-de-barriga, de tanto que comia. E as flores, coitadinhas... Extenuadas, assustavam-se com tantas visitas da abelha insaciável.
Como se não bastasse, ainda levava uma reserva de néctar para casa.
A formigona Marisa, que a tudo assistia, praguejava indignada com aquela atitude egoísta de Teca.
Passou cera num pedaço de madeirae quando Teca recuou viu-se presa.
Coitada! Nem podia gritar, pois a barriga estufada não a deixava ter fôlego.
À tarde, passou por ali um menininho que vinha da escola. Viu Teca presa e a jogou dentro de um copo, dizendo: “que maravilha! Era o que eu precisava para minha aula de ciências amanhã!”
E a formiga Marisa, agora em sua casa, depois de um árduo dia de trabalho, olhava desesperada para o destino da abelhinha gulosa... Mas nada pôde fazer