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Artigos-->A 2a. perna -- 29/07/2002 - 07:36 (Haroldo Pereira Barboza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A segunda perna.



O dócil mensageiro do FMI que atualmente reside no Palácio do Planalto, exibiu um largo sorriso ao anunciar o início das atividades do sistema SIVAM (Sistema Integrado de Vigilância do Amazonas) como se os artefatos ali instalados realmente servissem para patrulhar nossa fronteira amazônica contra a entrada sistemática de armas e drogas, queimadas criminosas e roubos constantes de nossas riquezas florestais e minerais. Talvez a satisfação maior deste entusiasmo indisfarçável resida no fato daquela CPI cheia de mofo ter sido abandonada coberta com uma pizza de algum sabor exótico (já estão colocando goiaba e chocolate na superfície das mesmas – o recheio fica por conta da imaginação de cada interessado).

Outra possibilidade é de que a euforia demonstrada diante das câmeras deve ser por algum ofício secreto oriundo do chefe lá do Norte, que deve ter tecido altos elogios ao comandante da maior colônia americana da América do Sul por sua presteza e empenho em concluir o projeto de fincar solidamente mais uma perna (ou tentáculo?) do polvo americano em nosso território, seguindo o exemplo da base de Alcântara.

É curioso que exista tanto empenho em criar este "cinturão de preservação" nesta região, onde a partir de agora os aviões suspeitos poderão ser "abatidos" se não atenderem as ordens definidas pela Aeronáutica. Mas se esta instituição já não tem verba (desviam a maior parte para os suspeitos juros internacionais em detrimento de nossa dignidade) para fornecer marmitas aos recrutas, terá verbas para sustentar aviões patrulhando o espaço aéreo? Só se for sem balas, para reduzir o gasto de combustível por estarem mais leves.

E quanto à longa costa marítima? Existe algum planejamento similar para rastrear barcos suspeitos? Talvez esteja para ser definido o SIVAS (Sistema Integrado de Vigilância de Águas Salgadas), que permitiria a criação de novas comissões e "comissões". Só que a Marinha está na mesma penúria que as outras forças de defesa, após o sucateamento criminoso orquestrado pelo síndico de nossa pátria. E quanto às rotas usadas pelo Sul e pelo Oeste? Que outros projetos serão elaborados pelos gestores do mundo para permitir a instalação de outros "membros" da "abuia" (mistura de abutre com águia) em nosso território?

Quando todo nosso solo estiver leilo-doado aos interesses internacionais (já ocuparam a maior parte de nossas empresas estratégicas) talvez iniciem o processo de evacuação dos morros de nossas cidades. Não porque estejam interessados em eliminar os traficantes (que apenas serão remanejados). Mas sim por desejarem espaço para construir as mansões dos administradores em local livre de enchentes, trânsito caótico e com uma vista privilegiada para a Natureza.





Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Julho / 2002

e-mail : hpbchacra@bol.com.br e hpbflu@terra.com.br



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