Hoje começa a 32.a edição do Campeonato Brasileiro de Futebol, torneio que chama muito a atenção por causa do equilíbrio entre as equipes que participam dele. O Brasileiro pode ser considerado o torneio de melhor nível técnico do mundo, se compararmos com os jogos enfadonhos dos torneios europeus, cá entre nós, que mais parecem jogos de xadrez. Entretanto, mesmo assim, o Brasileiro 02 reflete a idéia de uma bagunça refinada, trapalhada arquitetada por um pessoal que não entende “xongas” de futebol e que decide as diretrizes de nosso principal esporte acompanhados de champanhe e caviar. Rogo para que os chamados times “grandes” (que atualmente andam pra lá de pequenos) não caiam na vala do rebaixamento.
O rebaixamento de times “grandes” significa a “virada de mesa”, que em termos oficiais significa a criação de uma nova liga organizada pelos próprios clubes. Significa romper a atual balbúrdia e criar uma nova conjuntura até que um “grande” clube, outra vez, seja rebaixado. Aí os homens do champanhe e caviar virão com um novo jargão: “A CBF terá que organizar o campeonato.” Leitores e leitoras deste insuportável sonhador, por favor, não torçam pelos pequenos! Times grandes na segundona significam “virada de mesa” em 2003.
Apesar de minhas preces, a atualidade é meio que sinistra para os “grandes” do futebol brasileiro. Santos, Palmeiras, Vasco, Botafogo, Fluminense, Bahia, Grêmio, Internacional e Atlético/MG não me parecem devidamente preparados para o torneio. Já o Flamengo, São Paulo e Cruzeiro, penso eu, darão conta do recado.
Ademais é o de sempre: Gama, Goiás, Vitória, Guarani, Portuguesa, Figueirense, Coritiba, Paraná... Futebol previsível que deve roubar um ponto aqui e outro ali dos “grandes”. Que vença o menos pior e que os “grandes” não fiquem lá embaixo.