Estamos assistindo nos noticiários, algo muito parecido com o que ocorreu na ditadura militar. Explico. O candidato à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, irá sofrer inúmeras “perdas” se realmente assumir a chefia do país, por conta de alguns pedidos. Ora, deve estar perguntado você, leitor, mas que pedidos são esses?
Pois bem, são de Fernando Henrique. Como presidente, e grande estadista, e na verdade ele é uma pessoa muito bem conceituada no exterior, mostra agora toda a sua força como chefe de estado, orientando (no meu entendimento) os bancos e investidores estrangeiros a sabotar a eleição de Lula, aumentando o grau de risco para investir no Brasil. Isso diminui consideravelmente as reservas e influencia diretamente na economia.
Para quem não se lembra, o caso é parecido com o de João Goulart, o Jango, o presidente fazendeiro, o presidente que queria a reforma agrária, e que era considerado comunista pelos americanos, que não o viam com bons olhos. Isso em meados dos anos 60, o começo dos “Anos de Chumbo” (Jango fora deposto em março de 64).
Isso é democrático? Existe democracia? Óbvio que não. Mas como parar essa máquina de fazer aliados, ou trocas em favor deste ou daquele partido como estamos acostumados a ver?
Votar no seu candidato, independente do que falem dele!!!
Vi na TV uma entrevista com um dos diretores do Banco Itaú, um dos Setúbal cujo nome não me recordo, “que o risco de investimento no Brasil é mentiroso, até porque, defende ele, nenhum presidente que assuma o governo quererá a inflação descontrolada novamente. Seria uma loucura”.
Isso é fato e claro, apesar da maioria da população não ter consciência disso. O que importa é que o ano de eleição chegou, e estamos um pouco mais maduros para uma escolha mais justa, mais pertinente às nossas necessidades. E condições.
Não faço, aqui, campanha para ninguém, porém não posso me calar diante de tantas falcatruas, como o caso envolvendo Ricardo Sérgio na privatização da Vale do Rio Doce, e que agora é “mentor econômico” de José Serra (será o PC do PSDB?). Todos os candidatos têm algo a esconder, afinal são humanos, e humanos erram. Principalmente com o dinheiro do povo.
Também não podemos mais admitir que tais coisas aconteçam, mas não como fizeram com a Roseana, que quando ameaçava a candidatura tucana, teve seu tapete mais que puxado. Agora, a bola da vez é Lula. A bola vermelha.
É preciso ter “estabilidade” nas ações também. É preciso ter informação. O povo que convive conosco precisa saber como pensamos para poder discernir se o que ele realmente pensa pode leva-lo a alguma conclusão. Vamos deixar nossas máscaras caírem e partir para a luta.
Para a luta da vitória. Não mais temer o desconhecido, mas temer o que podem continuar a fazer conosco.