Será que a humanidade está se desenvolvendo, eu falo no sentido da fraternidade, da convivência harmônica entre as pessoas, no centro da relações chamadas jurídicas.
Os filósofos têm se debruçado sobre o assunto, assim como os juristas, os sociólogos, os hamanistas e até mesmo as ONGs que buscam incessantemente a paz, a harmonia ecológica.
Vejo no jornais manchetes trágicas: desentendimentos banais no trânsito geram violência e amorte brutal de uma criança com um projétil na cabeça.
No jornais, ainda, a sanha do mercado sobre os países do mercosul? Argentina, Uruguai, Brasil...
Na África, em muitos países, a fome matando milhares de pessoas dentro de um contexto mundial que produz toneladas e toneladas de alimentos, abarrotando os celeiros de uns até a sobra, porém não chega para matar a fome dos excluídos.
É um mundo equilibrando-se nas incertezas do contraste: fome e abundância de alimentos; pobreza e abastança; riso e dor; tranquilidade e tormentas.
No caso do Afeganistão nós vimos a prova dessa louca alternância de gestos: aviões soltavam fardos de alimentos e, logo em seguida, vinham outros aviões soltando bombas mortíferas, isto é, matar de barriga cheia.
Estamos nos aproximando do dia 11 de setembro e o mundo espera aflito o que irá acontecer.
Naquele dia, pela porta aberta de televisão, que encurta as distâncias e deixa o mundo penetrar em nossos lares com todas as suas belezas e mazelas, vimos perplexo do que é capaz a humanidade do terceiro milênio, do seu poder de destruição, da sua falta de piedade, da sua maneira de reagir brutalmente a qualquer tipo de injustiça, em nome talvez de um Deus guerreiro e devastador, que empunha o chicote para punir os pecadores, ao invés de espargir amor para colocar todas as ovelhas tresmalhadas de volta ao redil.
Não sei, não sei, minha inteligência não conseguiu ainda descobrir a verdade escondida no fundo do poço: o mundo avança ou regride? A humanidade evolui ou marcha em círculos?
Estou merio incrédulo com relação aos avanços. Acho que a humanidade é capaz de gestos formidáveis de benquerença, de fraternidade, de amor, mas, basta uma simples fagulha, uma resistência qualquer, uma palavra mal entendida e o vulcão adormecido dos gestos bárbaros herdados dos trogloditas, ruge enfurecido, vomita fogo e lava incandescente e ódio, o destruidor, impõe a sua vontade devastadora.
Mas, esperemos o dia 11 de setembro, erguendo uma prece ao Criador para que Ele se apiade de nós.