A irresponsabilidade criminosa levou o país ao desastre atual. Depois de esculhambar o país, FHC pretende jogar sobre os candidatos que se opõem ao desgoverno atual a responsabilidade, ou pelo menos uma parte dela, pelo fracasso que fabricou. http://www.horadopovo.com.br
FHC tenta responsabilizar os candidatos pelo seu fracasso
Zé Dirceu: “Não contem conosco para um jogo de cena. A crise atual decorre dos graves erros do governo”
FHC QUER JOGAR A RESPONSABILIDADE DO SEU DESASTRE SOBRE OS CANDIDATOS
Fernando Henrique, cuja irresponsabilidade criminosa levou o país ao desastre atual, declarou que os candidatos a presidente tinham que “assumir a responsabilidade”. Por isso, segundo ele, “convidou-os” a ir ao Planalto. Em suma, depois de esculhambar o país, pretende jogar sobre os candidatos que se opõem ao desgoverno atual a responsabilidade, ou pelo menos uma parte dela, pelo fracasso que fabricou, fracasso que era inevitável.
Se é para isso que Fernando Henrique fez o “convite” - e foi - trata-se de uma inutilidade. Nenhum dos candidatos irá assumir um fracasso que não é seu. Não é Lula, ainda, o presidente. Nem são os que lutaram contra a destruição da economia que estão no governo. O que os candidatos assumem é a responsabilidade de resolver a crise, não a de mantê-la e piorá-la.
Fernando Henrique inventou esse encontro com os candidatos exatamente porque não assume responsabilidade alguma. E, também, porque mais uma vez fracassou, achando que submeter-se mais ao FMI iria preservar a farsa até ele sair do governo. Em 48 horas ficou claro que não: o acoelhamento ao FMI só serviu para o país ficar mais endividado e os especuladores mais sôfregos para levar dinheiro para fora - ou seja, para pegar um naco das reservas e escapar. Mas Fernando Henrique quer passar para o FMI e os usurários ianques que tem algum controle da situação para que tudo fique do mesmo jeito mesmo depois de sair do governo.
O fato de que é impossível não é uma questão que leve em conta, até porque a realidade só muito tortuosamente faz parte de suas cogitações. É impossível, primeiro, porque a situação é insustentável e manter as coisas como estão é o caminho mais reto e rápido para a catástrofe. Segundo, porque não há ninguém, exceto Serra, que já não conta mais, querendo mantê-las.
Razão tem o presidente do PT, José Dirceu, em sua resposta, em nome de Lula: “Sabemos que a crise financeira é grave e estamos dispostos a fazer o que estiver a nosso alcance para, com a responsabilidade que nos cabe no processo político do país, ajudar a resolvê-la. Mas não contem conosco para um jogo de cena que oculte ao povo brasileiro a necessidade de mudanças fundamentais no rumo do Brasil. A crise atual decorre dos graves erros da política econômica adotada pelo governo e é indispensável uma nova política econômica para sair da vulnerabilidade em que nos encontramos”.
Dirceu frisou que “eleitos, mudaremos a política econômica na direção do crescimento sustentável e da justiça social”. “Agora mais do que nunca, proteger as nossas reservas significa defender a independência do Brasil”, observou o presidente do PT. “Acreditamos no presente e no futuro do Brasil. Se forem tomadas as medidas que a situação exige, o país não vai quebrar e tem todas as condições de sair da crise e entrar em um caminho de prosperidade e inclusão social. Mas para isso, é preciso pensar no Brasil em primeiro lugar. Não vamos abdicar da nossa soberania para atender aos interesses daqueles poucos que pretendem fazer do país um cassino”.
Jornal Hora do Povo - Edição de 16 de agosto de 2002