Declaração dos direitos dos homens, mulheres e crianças:
1. Declaro que é um direito de todos olhar para as nuvens e achar que elas são de algodão;
2. Declaro que é um direito a todos pensar que o sol nascerá por um milagre e não por causa de uma soma matemática;
3. Ainda declaro que podemos dizer que a gramática foi criada para impor regras aqueles que gostam de renovar a sua alma;
4. Declaro que é um direito de todos os seres humanos olharem para o mundo como uma obra prima a ser contemplada e não dissolvida em teorias;
5. Declaro também que não é preciso ler mais os “grandes” filósofos e achar que eles tinham a verdade, e junto com esse direito andará um grande dever, que nós faremos nossa verdade;
6. Ainda é nosso direito inventar verdades e teorias para nossa vida, e que nenhumas delas sejem eternas, mas que no meu amanhã poderei desdize-las;
7. E é nosso direito ver a química e a física como uma brincadeira de ser deuses e querer fazer nossa criação (apenas de sonhos) e que o átomo é apenas uma bolinha-de-gude, a menor que já conhecemos, sendo jogada nas terras da vida e criando mais vida no sorriso dos meninos sentados na calçada;
8. E ainda é direito de todos olhar o mapa do mundo de ponta cabeça e num abraço caloroso conquistar o mundo;
9. Declaro que é um direito humano chorar todas as noites em que a lua não vier iluminar e colher as estrelas nas auroras do novo dia;
10. E é um direito primordial colher os raios de sol para enfeitar nossos corações;
11. Ainda declaro que é direito de todos que quando o vento tocar-lhe as faces parar por segundos e deixar que brote uma ponta de saudades do amado(a) que lhe está longe naquele instante, ou de apenas parar e sentir acariciar-lhe o rosto;
12. E por último declaro que é direito de todo ser vivo sonhar e amar, mesmo que a vida lhe pareça dura e áspera. E não é apenas um direito, mas um dever que todos sejem sonhadores de um mundo melhor.
Esses são os direitos de todos os seres humanos capazes de modificar suas vidas, capazes de construírem suas teorias e construírem uma nova história, sejem elas pequenas, grandes, mas que hajam e atuam como sujeitos e não objetos, que sejem protagonistas desse século que se inicia. Um século de graças e amor, e assim caminhamos para um mundo novo.
