No auge da euforia do bumbum à venda, a ex-garota do Tcham, Carla Perez botou sua bunda (a dela) no seguro por 30 milhões de reais. Examinando a mercadoria, descobriu-se que, o que a loira do rebolado assegurou como bunda, era extensão dos quadris. Deitada, era uma tábua. Rebolando, um amontoado de coisa- nenhuma e silicone. Era de tirar o fôlego, aquele monumento dançante.
Como o assunto virou pra dança – e quem dança, dança! – sem tapa nem beijos, o prefeito de Salvador, entrou na festa, com ação na justiça proibindo a música “Tapa na Cara”, nova moda da capital baiana. O Conselho de Defesa da Mulher, também não concorda com a coreografia do tapa. “A menos que sejam elas que encoivarem os cabras”, contorna a presidente do Conselho. O prefeito está indignado. Ele teme que alguém aproveite a dança para acertar a cara do ACM, seu padrinho político.
Mas, se moda é conceito, o baiano é uma festa. E seja lá o que for, a Bahia festeja seus encantos com beleza. Exorciza o mundo, com ginga e energia de vida. Qualquer que seja a música, o povo dança, feliz. E dança direitinho: Caetano, Gil, Caime, Capinan e velho Jorge (Amado), odiado de “Teresa batista Cansada” de sofrer, de coronéis e cacau. Ai, senhor do Bonfim! Tenha dó de mim. Com “Tapa na Cara”, só não dança que já se foi – “Oceano”, Djavan e a maluquice do Raulzito, inesquecível. O “Maluco Beleza”.
É a Boa Terra que mais exporta traseiros de primeira. Mas, depois da Carla Perez, seguradora nenhuma que fazer seguro de bumbum. Quem tiver o seu, segure, porque o Zelão do armazém é traiçoeiro, vai pelo cheiro. E o prefeito de Salvador, ainda não descobriu ‘o quê que a baiana tem’ – acarajé, sapoti e... – debaixo da saia? No Pelô, todo mundo fala grosso: ai, pitanga! Rasgou a tanga, na dança do “Tapa na Cara”, ai!... ai! Pensando o quê? Ahn!?