Refletindo um pouco sobre o dia em que foi realizado o ENEM, em todos os estados brasileiros e ponderando sobre alguns pontos grandes, difíceis de entrar na cabeça, mesmo com a ajuda de vaselina.
O exame, adotado por um grande número de universidades como critério de avaliação para os concorrentes à uma de suas vagas, não corresponde em nada à expectativa das pobres pessoas que se submetem a ele. Ainda parece mais algo combinado no fundo de quintal, a começar pelos locais onde foram realizadas as provas... sem contar com o teor da prova.
Algumas pessoas que moravam no centro de Fortaleza, por exemplo, tiveram que pegar dois ônibus para fazer a prova na periferia e outras, moradores da periferia, fizeram o percurso inverso. Não que andar pela periferia represente alguma forma de rebaixamento, mas fazer isso em pleno domingo, às 13:00 da tarde, num calor de 37º como foi o domingo na maioria das capitais.
Nos principais jornais, alguns se gabavam do dinheiro investido para que o exame alcançasse um número maior de pessoas, muito mais instituições envolvidas no Exame Nacional do Ensino Médio... Realmente, se me permitirem examinar o ensino médio, daria a mais baixa das notas. A escola onde me submeti ao exame estava entregue ao acaso; quente, úmida, banheiros em péssimas condições, cadeiras super desconfortáveis, ambiente escuro e sujo, quadros negros, ou melhor, quase negros...
Mas não se podem negar os pontos positivos da prova, se a mesma, fosse adotada como critério de avaliação para se entrar no programa “NO LIMITE”. Ainda agora, sinto dores musculares por causa das cadeiras e um baita de um torcicolo devido a posição da cabeça.
Pobre dos deficientes físicos, os quais tiveram direito a "tratamento especial", assegurado pelo ministério de educação