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Artigos-->Mulheres de fibra -- 03/09/2002 - 16:04 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recentemente passou o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As fêmeas continuam apanhando, ganhando salários menores, sendo discriminadas em todos os países, com piores índices nas culturas mais rústicas.

Há quem diga que os muçulmanos são muito severos com suas mulheres, mas nunca é demais lembrar que a data é uma homenagem a dezenas de mulheres que viraram churrasco dentro de uma fábrica nos Estados Unidos, quando a polícia resolveu atender o apelo dos empresários donos da confecção, impedindo que reivindicações básicas como jornada de trabalho, alimentação e salários decentes fossem parte do acordo empregado-patrão.

Em comum acordo, capitalistas, policiais e atônitos bombeiros assistiram a fogueira da heresia, que provavelmente não resultou em cadeia para ninguém, visto que no sistema capitalista do início do século 20 o Estado não tinha muito interesse em ser justo, mas apenas obedecer as ordens das classes dirigentes.

Passados milênios de ignorância, onde mulheres estadistas como Golda Mehir e Indira Gandhi comandaram povos importantes, além de outras tantas brilhantes, inclusive a intragável Margareth Thatcher, ainda temos problemas de ordem pessoal, principalmente por incapacidade intelectual, de delegar mais poderes ao sexo feminino. Em termos nacionais, Luísa Erundina e Marta Suplicy demonstraram que merecem a confiança de milhões de eleitores, oferecendo uma alternativa de governo humanista para o grande pólo do capitalismo brasileiro, São Paulo, onde as diferenças sociais e o imobilismo de gerações governamentais deixaram um rastro caótico. As mulheres tiveram que enfrentar os problemas da cidade e a falta de boa vontade dos governos federais, que em nome da desmoralização de um partido, lançaram milhões de paulistanos na rua da amargura, em favelas onde a miséria é suprema e lhes são negados direitos básicos.

As mulheres que assumiram São Paulo são como as demais que assumem prefeituras e países. Encaradas apenas como fêmeas, procriadoras e sustentáculos do lazer dos homens, acabam injustiçadas muitas vezes.

Um dia talvez, numa dessas datas comemorativas, alguém talvez comemore que haja menos violência, tanto da sociedade quanto de dirigentes políticos, e as mulheres possam suplantar as crises ocasionadas pela ganância dos capitalistas, que já mudaram toda a estrutura da sociedade para tentar escravizar as fêmeas mais ainda, com salários baixos e pouca dignidade, além da intensa exploração comercial. Talvez um dia isto aconteça. Talvez.

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