O surgimento de urnas eletrônicas falsas está se alastrando em espantosa velocidade e a céu aberto. Começou em Brasília, passou por Minas e chegou a São Paulo, Ceará e Pernambuco. A ação da PF (sem recursos adequados) apenas ocasiona a fuga dos meliantes. O poder público nem de longe tende a aprofundar investigações que possam apontar para os autores da façanha. Quando muito, poderão prometer uma CPI uns três anos depois da "apuração" do resultado.
1) Produtos maquiados – foram exibidos com estardalhaço há menos de um ano. Nenhuma indústria foi multada devidamente (e se fossem, pouco estariam preocupadas – já não pagam IR e INPS mesmo). E nós continuamos comprando papel higiênico com 35 m e pagando por 40 m.
2) Remédios BO (bom para otário) – as indústrias do setor só perdem em faturamento para os bancos (se estes falirem por mau gerenciamento, contam com o PROER para salva-los, enquanto a população está sem escola, hospital e segurança). Por isto os governantes não desenvolvem os programas pela prevenção da saúde do povo.
E para finalizar, voltemos às urnas falsas. Se você acha saudável perder seu domingo para participar do maior ato cívico da nação e não tem certeza de que SEU voto será computado para o candidato escolhido, divirta-se dentro deste circo. Entre na fila, encha o peito de entusiasmo e saia orgulhoso exibindo o recibo por ter participado da farsa nacional. Se o sistema não é sério, pouco temos a perder. Se as urnas são bonitinhas e falsas, os candidatos são falsos (prometem mas não cumprem) e já estamos acostumados a viver de falsas ilusões.
Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – Setembro / 2002
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