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Artigos-->Vazio da madrugada. -- 28/09/2002 - 11:57 (Aline Dremir) |
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Vazio da madrugada.
Essa insônia solene me saúda
Entre as sedas da incerteza
Mil olhos em vigílias no escuro
Fazem indagações pra solidão.
Sinto o tempo parado angustiante
Entre açoite e bocejos da noite
Trazem lembranças flutuantes
Que fugiram da prisão adormecida.
Resquícios das saudades antigas
Insensatos gritos ferem a razão
Dispo-me de promessas irreais
Que o coração faz em desespero.
Meu delírio solitário se acentua
Nas sombras do passado recente
Nos desacordos da vida e do presente
O amor é o mediador inconseqüente.
Horas regressas me perseguem
Amantes da dor a me possuir
Tantos desenganos no engano
O tempo é apenas a passagem.
Sinto os espinhos da vã espera
Num rolar de desejos e prazeres
Nos frágeis sentimentos que almejo
Percebo a fuga do amor no medo.
Não me sinto santa para amar
Exponho meu pudor dentro da mágoa
Sinto desprezos devastadores
Querendo roubar a minha calma
Nos escombros da minha agonia
Entre lágrimas salgadas de paixão
A canção silenciosa me seduz
Procurando a paz deliciosa.
A noite segue o rito da magia
Negra como um abismo sem fim
A ausência perdida no silêncio
Preenche o vazio da madrugada.
Aline Dremir
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