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Artigos-->Passado violento de ministro em debate no Parlamento -- 07/03/2001 - 22:15 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Parlamento Alemão investiga passado violento do Ministro das Relações Exteriores Joschka Fischer (PV)



Adesão indireta à demonstração em 1975, marcada pela violência - Volmer defende as manifestações anteriores de Fischer sobre o seu envolvimento.



De Wulf Schmiese (DIE WELT online, 07/03/2001)

Trad.: zé pedro antunes



Mais uma vez, o passado do Ministro das Relações Exteriores Joschka Fischer (PV) foi tema de debate no Parlamento. Um inquérito parlamentar, exigido pela União, deveria "esclarecer as contradições em que Fischer se enredou", disse o chefe de negociações da União Parlamentar, Eckart von Klaeden.

O próprio Fischer, no entanto, não se colocou disponível. Em seu lugar, Ludger Volmer, Ministro de Estado responsável pelo funcionamento das relações políticas externas, respondeu a mais de 20 perguntas. Dele, a oposição queria saber por que, há três semanas, em sessão de inquérito, havia respondido com flagrantes inverdades. No dia 14 de fevereiro, Volmer afirmou no Parlamento que Fischer havia tomado parte, na Argélia, numa conferência da Organização pela Libertação da Palestina, mas isso "durante apenas uma hora". Mais tarde, revelou-se que Fischer, então com 21 anos de idade, ali estivera presente por um tempo consideravelmente mais longo. Testemunhas também acabaram contradizendo a afirmação de Volmer de que Fischer não teria sido informado sobre a resolução final anti-sionista, que propagava a "vitória final" sobre Israel.

Volmer rechaçou a suspeita de ter mentido ao Parlamento. "Minha afirmação não foi literal, tendo antes a intenção de servir como ilustração à minha fala", justificou-se o ministro. Ele teria falado em "categorias políticas" e não "em unidades de tempo fisicamente exatas". Cumprindo missão que lhe foi confiada pelo Ministro das Relações Exteriores, apenas quis reproduzir o fato de que Fischer, à época, havia tido "interesse verdadeiramente reduzido" pela conferência. Respostas concretas, desta vez, Volmer tratou de evitá-las. O governo alemão não dispõe de "conhecimentos" sobre a participação ou não de Fischer no comício final da conferência da Organização para a Libertação da Palestina. Tampouco "vê como sendo sua tarefa, no caso, a realização de pesquisas históricas".

Assim, a oposição também ficou insatisfeita com as respostas de Volmer, lacônicas, sobre o papel de Fischer em demonstrações políticas dos anos 70. Mas a novidade ficou por conta da confirmação indireta de que em 1975, em Frankfurt, ele tomou parte em demonstração contra o regime de Franco. No contexto desta demonstração contra o Consulado Geral da Espanha, de acordo com os relatos policiais, pelo menos 45 bombas incendiárias foram atiradas. Fischer sempre garantiu que os assim chamados "coquetéis molotov" nunca foram atirados e que nunca tampouco incitou alguém a fazê-lo. A União, por sua vez, afirma estar de posse de indícios em contrário.

Mas o fato é que ela não dispõe de provas. Por esse motivo, não vai poder, presumivelmente, envidar esforços na averiguação do passado militante do ministro. "Nós até mantemos essa opção em aberto, mas primeiramente insistiremos nos instrumentos até aqui utilizados para o esclarecimento", disse Wolfgang Bosbach, na qualidade de representante da fracção da União Cristã Democrática (CDU) ao jornal DIE WELT. "Faltam-nos comprovantes verificáveis", acrescentou von Klaeden. "Material e testemunhas", era isso o que nos faltava para legitimar uma ordem de averiguação. "Mas isso pode mudar da noite para o dia."

É problemático ainda "que a opinião pública não esteja de par com o nosso estágio de conhecimento", lamentou von Klaeden. No entanto, não quis falar sobre uma derrota na tentativa de tornar pública a postura de Fischer no passado. "A auréola de santidade do Ministro das Relações Exteriores desapareceu." Para "rompantes de moralizador no julgamento da violência", Fischer não contará mais, no futuro, com "qualquer legitimação".





[Agradeço imensamente a sugestão, muito pertinente, do autor/leitor Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior, que me ajudou em mais uma (quantas?)revisão deste texto. Poderíamos seguir o exemplo dele à risca, fazendo também a nossa parte de "leitores". Valeu!]













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