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Artigos-->Modelo de Sincronicidade Junguiano -- 11/10/2002 - 16:37 (Valter Barbosa Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Descrever o Modelo Junguiano da Sincronicidade através de palavras não é tão simples assim. O próprio Jung descrevia a Sincronicidade como sendo uma Seqüência de Coincidências Significativas. Ou seja, um acontecimento depois do outro que segue uma lógica inexplicável pela ciência clássica. Trata-se de um evento que é hipoteticamente regido por uma inteligência externa aos acontecimentos, pois não se trata de um processo causuístico (causa e efeito).

Vamos descrever alguns exemplos: Lembre-se daquele dia em que você está em casa lendo um livro, ou assistindo à televisão e de repente você se recorda que precisa conversar com a sua avó sobre um assunto de família. No instante seguinte, toca o telefone. Você atende ao telefone, e para a sua surpresa, quem está do outro lado da linha é a sua querida avó... Isto é Sincronicidade.

Vamos tomar um segundo exemplo: Você está no trânsito, depois de um longo dia de problemas profissionais. Você decide que precisa procurar um advogado de confiança para tentar resolver algumas necessidades de contratos. No entanto, você não tem ninguém de confiança. De repente você olha para o lado e verifica que dirigindo o carro ao lado encontra-se um velho amigo seu de escola. Já faz mais de 10 anos que você não o vê e você buzina para que ele pare o carro e vocês conversem. Durante a conversa você descobre que ele é advogado especializado justamente na área que você necessita... Isto é Sincronicidade.

Nos dois exemplos não há nenhuma relação causuística (causa e efeito), onde um evento provoque o segundo. Claramente estes processos ocorrem de forma paralela e por algum motivo não explicado pela ciência clássica surge uma indução que faz com que os acontecimentos ocorram de forma síncrona. O sicronismo do processo ocorre portanto de forma não-local, pois o inconsciente de certa forma induz o acontecimento. Afirmarei algo bastante ousado. Creio que mais que a indução da mente inconsciente, ocorre a indução de algum tipo de inteligência externa que coordena os acontecimentos. Esta coordenação dos acontecimentos provocada por algum tipo de inteligência externa aos eventos seria hipoteticamente provocada através de uma relação não-local pela Consciência Cósmica, ou se você preferir por Deus.

Isto significa que Deus interage com nossas consciências através de eventos síncronos, ou se preferir através de eventos quânticos. Se observamos a Sincronicidade como um conjunto de eventos que indicam sinais da interação de Deus com a nossa consciência individual, poderíamos afirmar que ao prestar atenção a estes sinais estaríamos seguindo a orientação divina dos acontecimentos.

No exemplo do advogado, seria evidente que Deus nos estaria induzindo a confiar no nosso amigo recém reencontrado, no entanto, seria nosso livre-arbítrio não contar o caso profissional para ele. Se contássemos o caso para o amigo advogado, estaríamos seguindo a orientação do sinal divino. Se não contássemos, estaríamos seguindo uma orientação individual nossa. Desta forma, a Sincronicidade se torna o grande mecanismo de comunicação com a Consciência Cósmica e nos permitiria desenvolver modelos pessoais de autodesenvolvimento.

Assim, se eu pudesse dar um conselho para alguém, eu daria o seguinte conselho: “Preste Atenção aos Eventos Síncronos!!! Eles são Verdadeiros Sinais Divinos!!!”

Sim, de certa forma estou afirmando algo muito forte. Tão forte que ouso a coragem de induzir as pessoas a crerem em supostos sinais e que estes sinais se tornam evidentes quando observados pelo critério da Sincronicidade. Jung percebeu isto e defendeu a tese da Sincronicidade intensamente. No entanto, infelizmente a tese da Sincronicidade não é aceita pelos psicólogos e psicanalistas ortodoxos.

Felizmente a verdade surge, mais cedo ou mais tarde, e o que posso afirmar é que o Modelo da Sincronicidade está totalmente em acordo com os princípios da física quântica. Assim, pode-se definir que a Sincronicidade é um modelo de eventos quânticos não previsíveis e probabilísticos. A Sincronicidade possui, portanto, uma dinâmica totalmente em acordo com a dinâmica da Mecânica Quântica.

Esta é uma maneira simples de apresentar o Modelo de Sincronicidade segundo uma ciência moderna, mais atual e confirmar que há movimentos físicos provados que permitem apresentar a Sincronicidade como cientificamente aceita. Desta forma, os psicólogos e psicanalistas ortodoxos poderiam rever seus pontos de vista.

Considerando um modelo contínuo de pensamento pode-se afirmar que a Sincronicidade seria impossível. No entanto, até mesmo um modelo contínuo de pensamento pode ser encarado como um modelo síncrono. Um bom exemplo para isto é o Modelo Freudiano de Livre Associação de Idéias. A princípio no Modelo Freudiano não há nenhuma relação aparente entre uma idéia e outra que surgem na mente durante uma sessão de psicanálise. No entanto, ocorre a seqüência de idéias. Esta seqüência de idéias opera justamente segundo pequenos saltos quânticos de uma idéia para a outra. Ou seja, há uma processo de sincronismo do surgimento de uma idéia para o surgimento da seguinte. Isto significa que o Modelo Freudiano de Livre Associação de Idéias é no fundo no fundo um modelo quântico e corresponde exatamente a um Modelo de Sincronicidade Mental. Isto posto, já se tem um excelente motivo para que os psicólogos e psicanalistas ortodoxos repensem suas defesas de tese. Pois o próprio modelo defendido por Freud e aceito mundialmente pelos ortodoxos é um modelo em acordo com os princípios quânticos e com os princípios junguianos de sincronicidade.

Lembre-se: “Preste Atenção aos Eventos Síncronos!!! Eles são Verdadeiros Sinais Divinos!!!”



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