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Artigos-->BRASIL S/A: QUEM IRÁ TOMAR CONTA? -- 22/10/2002 - 12:52 (Ernandes Aparecido Campagnoli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Felizmente ou infelizmente vamos ter o segundo turno: Lula x Serra. Quem você escolherá? O que houve até agora foi só treino. Esquentar os músculos, alongar, preparar-se para escolher o candidato correto até 27 de Outubro. Quem irá tomar conta do nosso país (que um certo jornal argentino ironizou dizendo que o nome é condomínio Brasil S/A)? Estamos vivendo um período extremamente difícil, de mudanças rápidas e profundas em quase todas as estruturas da sociedade atual. No entanto, certas posturas e ações dos nossos candidatos ao governo beiram à raia do absurdo, na minha visão de cidadão de 23 anos, que aprendeu logo cedo a amar seu país, e participa da vida social e política de maneira franca e construtiva. Não irei cita-las novamente, pois fiz isto durante as últimas cinco semanas neste mesmo jornal. Mas um último alerta: O Brasil continua sendo uma bomba-relógio que pode ou não explodir se as verdadeiras histórias das privatizações vierem à tona. Afirmo isso com bases extremas fortes para tal afirmação. Saibam vocês que, aqueles que estão doando o patrimônio público brasileiro às empresas multinacionais através das privatizações (siderurgia, telecomunicações, energia...), tem um grande pavor que isto seja descoberto, pois além de tudo venderam Patrimônio construído com os impostos pagos pelo povo, simplesmente o dinheiro desapareceu. O Fundo Monetário Internacional, de duvidosas intenções, para qualquer pessoa inteligente e sem preconceitos em relação ao poder, bateu palmas, obviamente, às nossas privatizações. Ora, o mínimo que o governo teria obrigação de fazer, é demonstrar ao povo em que está sendo usado cada centavo arrecadado com as privatizações, assim como com os muitos impostos existentes. Não fez e não nos preocupamos também de cobrar, pois é mais agradável continuar assistindo à novela da Rede Globo do que ler este artigo e tomar alguma atitude.

Muitos sorrirão ao ouvir isso, argumentando que ainda assim manteremos o controle, que isso é paranóia, etc. Ora, meus amigos, isso é, no mínimo, ingenuidade. É óbvio que tudo isso poderia ser evitado se a ganância de poder e dinheiro de nossos governantes tivesse um maior controle público, se houvesse maior participação política dos cidadãos. Então, senhores, não estou aqui falando de modo paternalista. Reconheço que o povo precisa tomar a iniciativa, assumir realmente o poder, que pelo menos nos princípios democráticos teóricos, já o pertence! Até que ponto a tal globalização é um processo irreversível e benéfico? Será que ainda temos coragem, como nação, como povo, de dizer NÃO? Não queremos ceder aqui, não iremos permitir ali, não iremos nos expor à competição desleal acolá? Teremos coragem de dizer isso, senhores civis, militares, religiosos, políticos, donas de casa, estudantes? Porque se não tivermos, é melhor começar, de uma vez, a ensinar inglês como língua oficial, e adotar o dólar como moeda. Tenho algumas sugestões para o novo presidente que seja eleito para que se reverta esse quadro onde o espírito empresarial, que tem suas virtudes na hora e local certos, mas é de tendência amoral em sua conduta social, seja exorcizado de nossos governos, pois o país não é uma empresa, e nenhuma estatal que tem que dar lucro, que não seja o lucro social. As principais são: a) A limitação da abertura do capital das empresas estatais às privatizações da seguinte forma: 51% do capital dessas empresas permaneceria sob controle do governo e dos atuais servidores ou funcionários, que teriam oportunidade de adquirir ações com linhas de financiamento especial. O restante poderia ser privatizado, desde que houvesse pelo menos 19% dos 49% em mãos do empresariado nacional. b) A criação de grandes penitenciárias agrícolas em regiões afastadas dos grandes centros, para onde os presos que apresentassem bom comportamento fossem gradualmente transferidos, sob o compromisso de estudar e trabalhar, com o estímulo da redução da pena e do primeiro emprego garantido após sua libertação. c) A limitação dos salários dos parlamentares de qualquer nível assim como do Presidente da República, Ministros, Generais, e qualquer outro servidor público, a, no máximo, 50 (cinqüenta) salários mínimos. Quem sabe, assim, teríamos um salário mínimo decente... d) A criação, nas cidades com pelo menos 10.000 habitantes, de um ou mais centros de acesso ao uso de computadores e Internet, com tarifas reduzidas, e monitor(es) treinado(s) para orientar os usuários. A criação de um endereço eletrônico para cada brasileiro, através, por exemplo, do seguinte esquema: Número_do_RG_do_cidadão@brasil.net.br. Essa caixa postal eletrônica poderia ser consultada nesses centros, na casa do cidadão, ou em qualquer agência do correio, através de um cartão magnético. Finalidade desta proposta: acabar com a exclusão que as novas tecnologias trouxeram. São propostas nada utópicas, mas que tendem a cair no esquecimento em nosso país. Ah, velha humanidade, sempre com os mesmos sonhos... ganhar muito com um mínimo de esforço, e com isso conquistar um período de total liberdade, de conforto ilimitado, de poder quase absoluto, reduzindo os outros, os inferiores (nós), os que tiveram menos iniciativa, menos ousadia, menos cultura ou mais honestidade, ao servilismo. Esta será nossa sina? Só se você quiser!

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