Sou bastante novato nestas andanças cibernáuticas (dois anos e pouco), sofro de solidão e inexperiência, alguma solidão por me faltar um grupo de apoio, também nunca o requisitei, sugeri ou tentei criar, a minha primeira tentativa de criar um painel deu-se há pouco tempo, e ainda não recebi todos os apoios que solicitei, apenas meia dúzia foi pronta, há ainda respostas a chegar, portanto não posso dizer que a tentativa resultou em pleno. Nem sequer que esteve longe ou excedeu as expectativas. O processo está em curso e muito recente.
Uma das prudências que se impõem, é conhecer o interlocutor. Neste percurso da Internet, aparecem interlocutores que são além de virtuais, fantasmagóricos, e divertem-se como as avestruzes, a cabeça escondida na areia, ou como o gato com o rabo de fora. Se calhar estou a cometer uma gafe imperdoável, pois pedir antes da conversa, que se apresente, para que se lhe respeite assim a sua identidade, formação e personalidade. Aliás, quando se entra no convívio, as pessoas deviam apresentar-se. Não o fazendo, ficamos em completa desigualdade de conhecimentos. Apesar de maçarico, já estou talvez demasiado exposto na Internet e isso não é nenhuma vulnerabilidade, mas uma fraqueza em relação ao modo como hei-de tratar o interlocutor. O jogo, a disputa, o confronto, me parece têm que ser leais e limpos, e antes que descambe, cumpre-nos respeitar certas regras de lealdade e lisura que não gostaria de infringir. Alguns mostram-se com atitudes de soberba. A soberba pode não ser um defeito totalmente negativo. Creio mesmo que é fruto de convicções muito profundas, de necessidade de auto-afirmação, dum amor-próprio que se revelando exagerado, logo amansa e recua quando dele toma consciência, e encontra o equilíbrio necessário.
Quando sou interpelado, recebo uma ocasião pela qual muito anseio: Arranjar um interlocutor à altura. Tenho vindo a lançar alguns desafios, que me possibilitem a teorização de ideias que tenham algum interesse, e que me podem ajudar a chegar a conclusões e reflectir sobre Arte, Literatura, Ética e Estética (possivelmente até tentar outras áreas). Tenho-os lançado a Poetas/Poetisas, leitores de sites, e tenho encontrado ou indiferença ou medo ou fugas para trás ( para trás de coisas que às vezes nem entendo), apatia ou falta de vontade de retrucar. Quando entrava em desafios, o desenvolvimento da temática acabava. Depois tentei outra forma, desafios em áreas de aforismos, aí encontrei parceiros interessados e congratulei-me. Ainda estou exercendo o ofício, que vai apenas no adro.