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Artigos-->Metade -- 31/10/2002 - 15:37 (ESPERANÇA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.



Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.



Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que triste.

Que o homem que eu amo seja pra sempre amado mesmo que distante.



Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.



Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos.



Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.



Que essa minha vontade de ir embora se transforme

na calma e na paz que eu mereço.

E que essa tensão que me corroi por dentro seja um dia recompensada.



Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.



Que o medo da solidão se afaste e que o convívio

comigo mesmo, se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância.



Porque metade de mim é a lembrança do que fui, mas a outra metade eu não sei.



Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio me fale cada vez mais.



Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade

é cansaço.



Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.



Porque metade de mim é platéia, mas a outra metade é canção.



E que a minha loucura seja perdoada.



Porque metade de mim é amor, mas a outra metade... também!



(Rui Castro)



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