Qual é o seu grau de exigência na escolha de um parceiro? É certo que não devemos namorar qualquer pessoa só pelo fato de estarmos nos sentindo sós. Assim, você pode estar trocando a sua solidão por um grande rolo. E tudo depende do que você quer para a sua vida. Explico. Para viver bem a vida é preciso optar sempre pela simplicidade. E isto significa se conectar na maior parte do tempo com a felicidade.
Ser simples significa que você não fica brigando o tempo todo com os fatos. Você consegue ver a realidade do jeito que ela é, aceitando-a. Ao contrário disso, quando você julga, nem sempre está enxergando as coisas ou as pessoas com profundidade. Na crítica e no julgamento você está preso a valores que adquiriu em sua formação, mas que talvez não signifiquem a verdade.
Você sai com alguém e muito rapidamente faz a sua avaliação: se ele é feio ou bonito, se é inteligente ou não, se ela tem dinheiro ou é pobre. E assim por diante. Você lhe dá uma nota, aprovando-o ou não. Aí você começa a namorar e continua criticando, continua julgando, avaliando o tempo todo cada um dos seus atos. Assim não dá! O grau de exigência está cada vez maior. O que não se percebe é que todos, inclusive nós mesmos, temos muitas características que não são nenhum modelo de perfeição. Você vai cobrar o que do outro? Que ele se comporte do jeito que você se comportaria? Do jeito que você aprendeu? Ou você quer que o outro seja politicamente correto? Que chato!
Quando alguém chega para mim criticando muito os homens ou as mulheres, quando chega idealizando muito a relação amorosa, eu costumo perguntar sobre a sua experiência nisso. O mais comum é que estas pessoas tenham muito pouca ou nenhuma experiência no amor. Fácil falar e criticar, difícil é se relacionar.
A mesma coisa acontece com quem não tem filhos e fica criticando quem os tem. Se você é pai ou mãe, sabe o quanto é complicado educar um filho, mantendo um bom nível de relacionamento. E quando alguém que não tem filhos começa a teorizar, não dá para levar muito a sério.
Aqui no Brasil, as pessoas têm a mania de achar que o técnico de futebol não está decidindo bem, que os governantes e administradores só fazem burrada, o senso crítico é muito grande. Falta humildade e maturidade para entender que dirigir e administrar exige muito trabalho, discernimento e sabedoria. Em relação ao amor é parecido. Em vez de se comprometer com o processo, com todos os erros e acertos naturais de quem está participando da relação, muita gente prefere ficar de fora, falando e criticando.
Falta a boa vontade para resolver os conflitos. Se você olha para o outro, criticando-o sempre, detona a relação. Não que você vá se calar diante dos absurdos. Não estou dizendo que você deve se tornar uma ovelha, aceitando tudo como uma garota boazinha. Não é isso. Mas existe uma outra forma de viver. Diálogo, participação, união, colaboração. Com humildade você reconhece os seus próprios erros e problemas, com amor você ajuda o outro a superá-los. Só desse jeito você vai crescer.
E isto serve não só para o relacionamento amoroso. Serve para o nosso país, serve para toda a humanidade. A questão é acusar menos e colaborar mais para um mundo melhor.
O que é certo e o que é errado? A gente acaba generalizando muitas coisas que não podem e nem devem ser generalizadas. O certo e o errado podem servir no máximo para você, mas não serve para o outro.
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Vamos pensar melhor nisso tudo e procurar realmente o relacionamento repleto de amor.
No meu dia-a-dia estou sempre separando casais que são repletos de dinheiro e beleza externa, a vida exige muito mais que isso. O amor é a base de tudo, é ele que nos ajuda a suportar as maiores dificuldade da vida, pois sem ele a cumplicidade não existe e ela é a maior companheira do amor.