As lideranças do (PT) estão às voltas de como se livrar dos peleguistas: lixo ideológico do partido. São aqueles militantes que sempre trabalharam pela sigla petista, visando à utopia da justiça social. Divididos em facções, células, grupos, sindicalistas acéfalos e simpatizantes de mentes deformadas - essas parcelas arcaicas da recente história política brasileira querem ocupar seu espaço no novo governo. Exigem da administração Lula aquilo que o governo não pode oferecer – as reformas, os cargos, as influências e os mandos de poder. O problema é que eles não estão preparados para exercer sua própria consciência política. Estão vivendo um mundo à parte em que, em muito já passou.
O exercício do poder requer certos cacoetes que esses cidadãos não absorveram ao logo da caminhada. O que Keynes prega: a pragmática histórica da política universal – a convergência, o diálogo, aceitação democrática do resultado adverso, o não-patrulhamento-ideológico, rejeição à ditadura de posição partidária. Porque o país não é uma propriedade particular, mas um universo de interesses conflitantes em jogo. E no atual mundo globalizado, não depende somente de suas próprias pernas para subir as barreiras internas e externas que a sociedade exige.
Daí o PT aliar-se a outras facções políticas (centro, centro esquerda e falsa direita), para tentar viabilizar governabilidade. Mas as alianças com os rivais históricos ferem os princípios ideológicos do partido. Os xiitas refratários não aceitam essa posição da cúpula lulista (sic) - equipe de transição do novo governo que vai assumir o Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2003. Como descartar o lixo trosksita 1917 que levantou bandeira e apanhou defendendo seu ideal ultrapassado? Esses malucos exigem espaço no governo. Lula terá que fazer manicômios, enfiar todos ali dentro e governar o Brasil. É o que a sociedade espera para o bem da coletividade.