Usina de Letras
Usina de Letras
24 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63238 )
Cartas ( 21349)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10684)
Erótico (13592)
Frases (51763)
Humor (20179)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4949)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141311)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6356)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Consciência socialista -- 16/11/2002 - 23:19 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Consciência socialista

Athos Ronaldo Miralha da Cunha





O socialismo identifica e une várias pessoas por este mundo afora, embora a constatação de que já encerrou e que já foi derrocado face aos acontecimentos no leste europeu e da queda do muro de Berlin.

Ainda assim o socialismo continua sendo o ideal e a busca incessante de pessoas que acreditam na possibilidade de o mundo ser mudado, que o socialismo não cai com aqueda de um muro, pois suas raízes são bem mais profundas que imaginamos. Se ainda acreditamos em igualdade entre os povos, que é possível acabar com a miséria e a fome, com a liberdade campeando frouxa é porque o nosso ideal é socialista. Sonhamos com um mundo democrático, onde todos tenham as mesmas oportunidades e um mundo assim é um mundo socialista, ainda não me convenci do contrário.

Dentro desta conjuntura como seremos conscientes? Como uma pessoa socialista é consciente nestes tempos de liberalismo econômico?

O primeiro passo é ter a noção de que as coisas estão erradas. Perceber que pelas ruas há os sem-teto e margeando as rodovias os sem-terra, ambos vivendo em um grau de miserabilidade jamais vistos, que há uma classe que domina e oprime e outra que é dominada e oprimida. Talvez...

O mais difícil nisso tudo é colocarmos em prática a nossa consciência, não uma prática insurrecional e sim uma prática diária de conscientização. Sendo consciente no cotidiano. Como é ser consciente diariamente? Como somos com nossos amigos, no trabalho no lazer, nas mais simples e modestas atitudes? Somos dialéticos, somos democráticos? Somos conscientizadores? Não é o caso de ajudarmos uma velhinha atravessar a rua, ou depositarmos uma moeda no chapéu do ceguinho em frente a catedral.

Conhecemos a dialética, mas somos dialéticos? Temos consciência, mas somos conscientes pró-ativos?

Como é ser consciente, democrático e dialético sempre? Aliás, vale a pena ser consciente, democrático e dialético sempre?

Como tomamos dialeticamente um sorvete? Como abrimos democraticamente a porta de nosso carro? Parece absurdo. A dialética do absurdo, ou absurdo dialético. Sei lá.

Nós que temos as necessidades básicas satisfeitas, como encaramos o nosso dia-a-dia sabendo que milhares de pessoas não conseguem satisfazer a primeira: Comida na mesa.

É isto que me inquieta e que me deixa céptico em relação à vida e ao mundo.

Não faltam os que apregoam aos quatro cantos que tudo é assim mesmo, sempre foi assim e sempre será, pobres e ricos, opressores e oprimidos, patrões e empregados. Ou os mais crentes: “Foi assim que Deus quis”.

E se tudo que for construído vir a ruir novamente, não sobrando sequer um nome, que caracterize a igualdade entre os homens, restará somente a indignação. Seremos eternos indignados...

Indignados, democráticos e populares.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui