Iniciava a noite e neste dia em especial estava quente e abafado. Agoniado preso à camisa de malha como se fosse camisa de força. O suor brotava fartamente na testa, costas molhada pela sudorese abundante e às vezes fria.
Isto se deu logo após o término da votação do dia 6 de outubro. A espera de resultados melhores em lugares distantes e como fossem por milagres e sempre esperado no silêncio e a surpresa para ser compartilhada com os cabos eleitorais e companheiros de primeira hora.
Nasce uma idéia ou melhor uma vontade de disputar uma vaga em uma cadeira na Assembléia Legislativa de Goiás. Planta-se uma conversa em pontos estratégicos e os divulgadores, pessoas que adoram levar a boa nova, notícia quentinha, sabe tudo e a vida de todos. A conversa se dissemina e nome de candidato surge naturalmente. Mais uma opção de disputa. Nasce um novo líder a disputar com intrepidez o espaço político em sua terra e com todo o direito assistido. Começa a movimentação articulada para disputar...
O primeiro passo é doloroso e sozinho. A desincompatibilização, nada mais nada menos que o ato de se demitir seis meses antes do pleito. Sem remuneração e os companheiros e adversários começam a discutir as possibilidades e impossibilidades nos botecos. A falta de dinheiro sempre é o empecilho maior.
Novamente a quatro meses da eleição a renúncia expressa de cargo eletivo e classista, como presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás.
Passa a ser alvo de elogios e críticas e por incrível que pareça, ora adversários elogiam ora companheiros desdenham.
Momento oportuno para fazer uma mini-equipe de inteligência a staff política, para adquirir admiradores e companheiros de luta a qualquer custo.
Os dias de articulação política passam e céleres. Não fico resfriado. Não tenho dor.
A luta renhida é sem fim e letal para os fracos. Os fortes lutam perdem não a compostura, honestidade e a lealdade... a luta continua e no próximo embate estaremos presentes.