A primeira experiência de transporte coletivo em Porto Alegre foi em 1865 com a Maxambomba, um bonde de madeira que circulava sobre trilhos e ligava o centro da cidade ao Arraial do Menino Deus. Essa foi a primeira linha a operar no Rio Grande do Sul e a segunda no país.
Em 1872, a empresa que administrava as Maxambombas foi comprada por Manoel de Miranda e Castro recebendo o nome de Companhia Carris de Ferro Porto-Alegrense. Carris era uma expressão utilizada no começo do século para denominar os trilhos da malha viária.
Em 4 de janeiro de 1873, o primeiro bonde puxado por burros, importado da Stephenson de Nova Iorque, passou pela capital dos gaúchos e na sua inauguração foi puxado por uma parelha de cavalos brancos.
Em 1895 foi inaugurada a usina termoelétrica da Companhia Fiat Lux e em 1908 entra em funcionamento o primeiro veículo elétrico da capital que atendia a linha Menino Deus. Os primeiros veículos importados da Inglaterra possuíam quatro rodas e foram apelidados de Gaiola , devido ao seu barulho e instabilidade sobre os trilhos.
Assim a história dos bondes foi passando até sua última viagem em 8 de março de 1970.
Mas o romantismo de uma época em que a vida passava mais devagar, ficou gravado nas histórias de quem viveu ou se apaixonou, escutando suas memórias. Algumas dessas histórias estão no livro Relatos da História e outras Memórias da Companhia Carris Porto-Alegrense.
Quanto aos apaixonados pelos bondes, criaram a Associação Cultural Amigos do Bonde que além de desenvolver projetos vinculados a memória do transporte coletivo urbano de Porto Alegre acredita: os bondes podem voltar.
Publicada em http://www.sortimentos.com/especiais-bondes_porto_alegre.htm