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Artigos-->Eu queria ser o Denison Borges -- 19/04/2001 - 11:03 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Senti um frio na espinha, que logo foi materializado no fundo do fosso da privada da minha casa. Olhei bem pra dentro e vi aquele tolete flutuando, imerso à um sulco marron e viscoso de merda. Pôrra! Denison! Queria um livro pra ler no banheiro. Daqueles que deixam as nádegas marcadas pelo assento quebrado e destrinchado por seu uso exessivo, e ainda assim, você não se levanta por nada no mundo. Pois quando a descarga é acionada, o sulco marron respinga nas nádegas, escorrendo pelas frestas do assento quebrado, e espalhando o cheiro chique do jantar de ontem a noite. O que é que foi que eu comi? Será que estou tão podre assim? Queria ser o Denison Borges! E sabe que lembrei-me dele, ao ver o cocozinho boiando na privada, e antes que eu desse a descarga, já tinha realizado seu batismo, sua crisma, e até mesmo a primeira comunhão. Chamei-lhe de Denison, em homenagem àquele que tanto regurgita sobre nós, como um sulco marron de merda pingando das nádegas. Sabe aqueles dias em que você passou um dia inteiro se contorcendo pra não peidar, não arrotar, e até mesmo não defecar pela falta de um lugar conveniente, pois quase todos os banheiros públicos, são impraticávelmente impossíveis de serem utilizados, pelo fato de existir alguém como você, que já sentira aquele contorcer das tripas, e aqueles espasmos do intestino, avisando que ele – Denison Borges - estava ali, na porta do seu cuzinho esperando pra sair. E quando você encontra um assento possível, num banheiro decente, em algum estabelecimento realmente limpo, você emporcalha tudo até que ninguém mais possa entrar, deixando o pobre Denison, livre, leve e solto, esparramado na privada pública. Pois em seu momento sublime de inspiração repentina, você é o Deus e criador de toda merda existente. Naquele instante supremo, entre só você e a privada, é que conhecemos a verdadeira paz. Já dizia uma prima minha - a qual independente de todos os apêlos de amigos, colegas ou conhecidos, eu não comi – mais vale uma diarréia que uma noite mal dormida em depressão. Pois o alívio da bosta é tão grande, que a tristeza passa despercebida quando se está plantado num vaso como uma árvore, imóvel e inerte, sem vida nem forças pra chorar. Eu queria ser Denison Borges! Vamos entupir-nos de almeida prado, lacto-purga, cáscara sagrada, e até levêdo de cerveja - abaixo à prisão de ventre! Fodam-se as namoradinhas puerís que enojam-se com os peidinhos de amor, quentinhos, mudinhos e molhadinhos que empapam a cueca dos outros, mas nunca a nossa. Amor você peidou? Foi lindo, meu bem! Lá vem o Denison de novo! Pois é quando você menos espera, que ele aparece mostrando-se cada vez mais indesejável. Naqueles peidinhos frouxos inofensivos e arduamente elaborados, que escorrem em sulcos mais impuros da natureza. Todo mundo peida, todo mundo caga, todo mundo arrota, menos você – Denison Borges. Ninguém esta imune à podridão que sai de dentro do corpo humano, e pode crer que todos os antigos já fizeram e nem ao menos se limparam. E nós que sobrevivemos a mais uma semana santa, ainda estamos aqui! A paixão de Cristo segundo Denison Borges; dizem que Maria além de ser puta por ter sido fodida pelo anjo Gabriel e sua espada, não era virgem coisa nenhuma, só se fosse na cabeça de José, que fazia o papel do primeiro corno da história, e Jesus, além de bastardo, era viado, pois não comeu ninguém e ainda assim andava rodeado de macho para todos os lados. É esse o modelo da família cristã? Pois todos, sem exceção alguma, já faziam uso de latrinas, fossas ou até mesmo no meio da rua. Já disseram as publicações especializadas, que a privada foi a invenção do século, pois não.... Basta de tudo isso! Chega!!!!!!!!!!!!!!

Eu queria ser o Denison Borges.

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