O que parecia um texto importantíssimo para os leitores e escritores do Usina de letras, mostrou-se como mais um repertório de vaidades com um título chamativo.
A análise textual, uma disciplina de suma importância para a formação de opinião sobre um determinado período e para solidificação de movimentos literários e científicos, é banalizada com o coleguismo e expressão superficial e sem cientificidade pelo autor Denison Souza Borges em seu texto OS MELHORES ESCRITORES DO USINA E POR QUE LÊ-LOS.
Como leitor diário de escritos de todas as modalidades e de vários autores, chamou-me a atenção este título tão esclarecedor, afinal, estava cansado de entrar em páginas de autores conhecidos e desconhecidos para ler poesias, crônicas, contos, artigos e principalmente ensaios (onde creio estar uma inocência artística, um tesouro fantástico da Usina de Letras) que nem sempre atingiam um bom nível ou simplesmente se dispunham a não atingi-lo. “Uma ótima idéia!” pensei, “uma análise de alguns autores frequêntes, com crítica e método facilitaria a escolha de textos para os leitores diários como eu” mas o que iria ler seria mais uma prova de que a crítica literária deve ser feita com seriedade.
Alem de mim, outras vinte e quatro pessoas abriram a página para saber, quem são os maiores escritores do Usina de Letras. Eu pergunto: Como foi feita esta seleção? O autor tem conhecimento de todos os autores que publicam nesta página? O autor tem o nível cultural de um avaliador? Uma destas perguntas eu poderia facilmente responder. Ninguém que avalia o erotismo (capacidade de criação – Eros) nas próprias obras como “escroto”, ou seja, a poesia erótica tem que cair no despudor e “putaria”.
Uma informação para este escritor de residente em Paris, as coisas continuam acontecendo no Brasil, o Brasil não parou. Avaliar é uma atitude profissional, alguns dos escritores citados são realmente muito bons como Milene Arder e Vanessa Zéfiro, mas não se pode dizer sobre a qualidade de escritos sem ciência, sem estudo, sem trabalho.
Concluo me tornando uma pessoa comum, pois afinal o mundo é dividido por extraordinários, especiais e cumuns, segundo o autor citado. A crítica literária deve ser clara, objetiva, bem selecionada e vazia de subjetividade, o que temos invertido no texto de Denison Solza Borges que avalia, produção literária como “meus amigos são os melhores da internet”.