Lá estavam felizes e contentes espalhando impunemente suas “frases de efeito moral”, cópias baratas de “Dala E Lama” e “Pau y lo Conejo”, buchichos, relinchos, “Garrinchos”* e outros esguichos mais que possam aparecer no amado e odiado “Quadro de Avisos”. Despreocupados devido a fugacidade de suas informações e contando com a curta memória (RAN) do povo “Brasineiro”* esses peraltas sentiram-se abalados com o lançamento do primeiro captador de momentos estanques do “chatedeavisos”: U – Zine.
Criado para ser um ambiente de comunicação de publicações no âmbito do Usina de Letras e fora deste site, o Quadro de aviso foi tomando nova forma e saciando os desejos de alguns Usinaltas por chats. Se há ou não a necessidade de almentar a velocidade da comunicação entre autores, este não é o mérito deste texto, porém devemos lembrar que alguns usineiros enviam suas mensagens com diferença de minutos naquele espaço (mas o mesmo acontece em artigos, cartas e pude presenciar isso também em cordel, porém somente uma vez.)
Separando seus comentários de observação do momento, de maneira bem humorada, porém bastante crítica e ácida as vezes, José Pedro Antunes ou simplesmente Zé Pedro ou ZPA apresentou uma forma totalmente nova de escrever no Usina de Letras. Imagine uma festa do Bispo Macedo, daquelas escondidinhas e com convidados pra lá de seletos, com tudo liberado. Com direito a gritar “eu vou tirar! Eu vou tirar” e “tem que tirar o dinheiro deles assim” ou bem ao final da noite “tá todo mundo nu”. Imagine que a única razão para que tudo isso esteja acontecendo seja a de que ninguém verá ou rapidamente passará e será esquecido. Imagine agora um fotógrafo tirando as fotos desses momentos que “passam desapercebidos”: um Bispo abrindo o ziper para mostrar o tamanho do dizimo, um Pastor “misturado” com uma fiel no saguão do prédio da “dileta” convenção, bispos, pastores, fieis, infieis, putas, veados e tudo mais em um grande suruba sendo cruamente fotografados pelas lentes (meio doentias) de um fotógrafo. Esta alegoria demonstra com exatidão o que vem sendo publicado no U-zine desde seu primeiro número. Como uma espécie de foto que captura o momento das listas que vão passando diariamente, fazendo críticas e deixando claro que “certas” coisinhas podem agora não durar umas míseras horas, mas agora poderão marcar seus autores por muito tempo.