É importante saber que existem outros horizontes, quando simplesmente, abrimos os olhos. É como acordar pela manhã e vê a luz do sol brilhando com novas perspectivas. É semelhante a ouvir um sabiá cantando no raiar do dia. É tudo tão sublime e maravilhoso, um despertar pra vida.
Só aquele que de fato, abriu os olhos, sabe observar toda a plenitude da obra de Deus. Sem essa visão privilegiada, não poderia em nenhure, saber de fato , quem sou eu e de onde venho?
Quando leio, viajo nas entrelinhas das palavras, produzindo lincks, entre um vocábulo e outro, construindo conhecimento.
Quando leio, me divirto. Fico satisfeito pelas experiências que me são reveladas. Isso me dá coragem para também contribuir para a visão de mundo daqueles que estão a minha volta. Sem essa visão de mundo, nossos olhos seriam tão carentes. Semelhantes a corações feridos que tardam a se recompor. E essa dádiva da humanidade, arte de vê não apenas o comum, mais o invisível, é o que me aproxima do mundo real e me torna humano.
Com ela durmo, acordo e me satisfaço no prazer de sonhos, quando em seu corpo de celulose, vejo a simplicidade e a escultura de uma mulher.
Leio, não só quando preciso, mas a todos os instantes que observo e vivo a vida. Se não o faço, perco parte de minha própria existência. E como acredito que a vida é momentos, se não leio, deixo de viver os meus instantes, deixo de me conhecer, fico alheio ao espaço social que me observa, que me cobra atitudes e que muitas vezes me põe a beira do caminho, onde se deposita o lixo industrial. Portanto, eu leio, vivo, persisto, contraponho, analiso e por isso, existo.