Conta uma velha estória literária árabe que certa feita, no deserto Majreb, um viajor cavalgando seu cavalo de raça se dirigiu a um pequeno oasis onde existia um insignificante "olho d água" que sempre matava a sede dos "tuaregs" e umas poucas tamareiras, que embora escassas eram pródigas dádivas de Alá, para matar a fome dos que passavam e que em lá chegando, deparou-se com um homem deitado na areia, aparentemente doente, o que procurava demonstrar gemidos. O cavaleiro andante dotado dos melhores sentimentos de solidariedade desceu do seu cavalo para prestar socorro ao homem caído. Mas, eis que derrepente, o falso ferido levantou-se como um felino e com um certeiro golpe de sabre atingiu aquele que procurava lhe prestar socorro e ainda se apossou do seu cavalo e nele montou e quando já ia fugindo, nem se sabe porque, atendeu ao pedido de traído, que lhe disse: leve o meu cavalo que é a minha maior jóia, o meu maior tesouro, os pertences que estão em minhas algibeiras, leve tudo, mas por amor de Alá nâo conte a ninguém, nunca, o que ocorreu neste oásis, pois, seria o fim da dignidade e da nobresa em todo o Oriente Médio."