Parodiando Joyce [não pode?]: Não é que o U-zine não fale sobre coisa nenhuma, ele é a coisa nenhuma.
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Achtung, baby! Amigos e inimigos do peito, já saiu o meu, o teu, o nosso "U-zine (9)". Um instantâneo das nossas inflamações mais purulentas, do ponto de vista de um ego pra lá de "inflamadinho".
[E já saiu também, um pouco fora do padrão, o “U-zine (10)”.]
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2
grande BRUNO CALIL FONSECA, nada, nada, já li o discurso do Papa e a fala do Rabin (gostei, perguntei pelo tradutor), li outras quatro das "16 lufadas de vento vigoroso e vivificante", gostei primeiro de "Quando eu for palavra", depois deixei-me derreter e soprar por "Do gelo para a água: uma diferença muito sutil", cheguei a fazer uma revisão, mas, uau, que impotência! Sou sincero, gosto apesar de tudo o que me desagrada nesse texto. Mas que bela idéia, que instigante!
Tenho atirado pra todos os lados, pero sin perder la ternura jamás... Em seguida, fiz vários outros comentários sobre você, sobre o fato de ter inserido um currículo (alvíssaras!), sobre a tua farta e interessantíssima produção, sobre os textos que li com agrado e vontade de meter a minha colher torta de revisor inveterado (eu sempre sinto muito quando a ausência de um revisor impede o leitor de chegar à poesia dos textos, como acontece tantas vezes no site).
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3
Dri, Alê e róla-bosta, e esses espelhinhos, junto com o estilingue e as bolinhas de gude no bolso de trás, não servem pra nada?
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4
Que se criem exércitos de Dantes Alighieris, de Cervantes, de Moliéres, de Da Vincis, de Quevedos, de Joyces, de Rosas, de Mirisolas, ao menos isso, já que clonagem humana é mesmo inevitável.
[Só uma brincadeira, num dia em que o assunto era a clonagem humana, supostamente levada a (bom?)termo pela seita dos raelitas (não gostei do batom da bispa, só isso!). Mas, por aqui, há quem ainda consiga boiar confortavelmente à superfície das palavras, sem medo do ridículo a que a literalidade o tempo todo pode nos expõe. Quem muito se abaixa ... ]
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5
Não deixa de ser cômico. Tá rolando um rock punk e o cara insiste mesmo em dançar o vira.
[Poderia ter usado "valsa", "tango , "twist", sei lá. Mas o "vira" me veio primeiro, me veio mesmo de dentro, bem do fundo das minhas raízes lusitanas. Sim, eu tenho um pezinho na Mouraria.]
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Pó não, meu. Poeira. De estrelas.
[Ao ler a inserção número 4 acima, um engraçadinho achou de perguntar se eu tinha cheirado pó. Como? Pra quê? Já não nos basta essa droga toda rolando à solta e gratuitamente pelo site?!]
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7
Abaixo de "Pó não, meu. Poeira. De estrelas." foi publicado, em meu nome, um recado que não é meu. Pronto, tomaram ao pé da letra o recado sobre clonagem humana. Começa a surgir eu exército de ZPAs.
[Ais de mins!]
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8
Já sei [ZPA, ele-mesmo], mas não vou dizer que estou deixando o usina para voltar em seguida. Não, aprendo a conviver com os meus clones. E eles? Aprenderão a escrever? Quem sabe?
[Digo que já venci um desafio muito maior, que foi aprender a conviver com um que já não é bolinho, nem flor que se cheire, ZPA, ele-mesmo.]
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9
Dri, tu portuñol es de wow, es del carajo, es mismo del balacobaco, che! Y, puesto que hablas e escribes un pueco, miete bronca, cabrón! Toma la defensa de mi verdadero y impoluto nombre, hombre! Que no lo tomen en vano. Y pone mis cluenes de quarentena, listo?
[Acho que foi efeito colateral da enásima sessão de "La Tortuga Manoelita". Aliás, mordi a língua mais uma vez, trata-se de uma obra-prima incontestável do desenho animado na linha Walt Disney. Quero ver me tirar da frente do home-theater!]
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10
Errata: Onde se lê "Cf. Gispoliansp", leia-se "Cf. Psnailopsig". Já não era fácil produzir o ZPA ele-mesmo. Agora, esse exército de ZPAs defeituosos, tortinhos, com suas lacunas, desinformações... Ô cambada!
[Bem que os cientistas sérios alertaram, a clonagem é e sempre será um processo sujeito a muitos erros e imperfeições. Os resultados estão aí, e não é de hoje, todos pavorosos os nossos graciosos cloninhos.]
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Querem algo inverossímil? Tentem ler alguns dos textos mais lidos do site. Quase todos. Eu mesmo estou ali com uma das edições do Teatro do Minuto , meus mirrados 300 leitores, uma piada besta, que vergonha!
[Abro exceção para "Da new wave ao grunge", do Lúcio Jr., que é, merecidamente, o mais lido de todos. Foi ele que me levou a conferir, a naufragar nesses mares onde nunca dantes naufragara. Fiquei deveras assustado. Parodiando os Novos Baianos de "Ferro na Boneca": Paulo Coelho, sim, por que não?]
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Em terra de cego, surdo, mudo, capenga, cambaio, há quem festeje seus minguados minutos de infâmia.
[É a maior tentação, querer brincar uma vez mais com a formulação do Andy Warhol. Terei conseguido ser hilário?]
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"IRIS" [leia-se ‘airish’], de Richard Eyre, sobre a escritora e filósofa irlandesa IRIS MURDOCH [no filme, interpretada por Kate Winslet, quando jovem, e Judi Dench, na idade madura e na velhice]. Irish assombrou Oxford nos anos 50, escreveu uma penca de romances famosos e lutou 40 anos contra o Mal de Alzheimer. Um filme pra não se perder por nada.
[Desaconselhável para "os frágeis de alma", cantaria Ângela Ro Ro. Atenção para a maestria da montagem. Os flash-backs e os retornos à velhice, leit-motiv do filme, são esplendorosos. Não me lembro de nada melhor realizado nesse sentido.]
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Onde os links? Onde os itálicos e negritos? Só mesmo o fogueteiro do Torre da Guia é que está que está, hem? Um contínuo espoucar de escalofobéticos efeitos pirilampejantemente especialíssimos!
[É compreensível que certas pessoas reajam assim às novas tecnologias? Um ditado antigo já dizia: Quem nunca comeu melado, quando come, se enlambuza.]
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Já está publicado o diagnóstico: é a SÍNDROME DE SÍLVIO CALDAS, que pode evoluir para o temível MAL DE JÂNIO QUADROS. Eu não, sei que sou imprescindível. No usina , para mim, todo dia é Dia do Fico.
[Nunca fui tão direto e franco. A verdade tem que ser gritada sobre os telhados. E, bem entendido, mais uma vez, nada contra o Caboclinho querido. Nem contra o homem da vassourinha.]
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Prometo colaborar com porções balanceadas de escárnio. Aos sérios exploradores da ilusão enunciativa, às pândegas vítimas acríticas da monumental fanfarronada e aos irados recadistas do quadro , uma banana carinhosa.
[Fim de ano é um pouco como são os velórios. Todo mundo meio babaca, não é não? No costumeiro ôba-ôba, já tinha muito oportunista querendo se arvorar em redentor do site. Tô fora! Eu quero mais é ver o usina pegar fogo! E pra mim, repito, todo dia é Dia do Fico.]
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O teu recado me deixou corado da alegria mais completa. Segue um beijo meu, veloz feito uma seta. Vai te acertar em cheio, onde quer que te enterneças, Maria Georgina, a colorir palavras que são de amiga e de poeta.
[Depois de, comovido, ler o texto "A marca do Zorro, no usina, é mais complexa", de Maria Georgina Albuquerque.]
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Ô, Gus, legal o "U-zininho", mas precisava empanar o brilho do tetetê aí abaixo? Pena que, entre grunhidos e efeitos especiais, Dri e Alcir deixem escapar uma ou outra palavra legível! Pena mesmo!
[Gostaram do vocábulo "tetetê"? Criação fantástica da nossa melhor tradução oral, obra de um muito meu amigo aqui na cidade. Um kinder-ovo pra quem adivinhar o vocábulo estrangeiro que lhe serviu de base. Adianto que ele, teretetê, costuma ser usado por tantos quantos. E esse "teretetê", um advérbio de tempo, significando "por dá cá aquela palha", alguém mais conhece? ]
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Ô Dri, você está sendo tremendamente injusto com o Cir. Vamos e venhamos, precisava compará-lo justamente comigo?!
[Pode ser pretensão minha, mas eu sempre me achei meio hors concours!]
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Fiquei comovido, quase fui às lágrimas com esse papo de "engrandecimento da usina". Gente, ninguém é de ferro! Vamos maneirar, vamos?
[E tudo porque os anos passam, como gritam os escorregadores.]