“Em 1650, o arcebispo irlandês James Usher fez as contas e concluiu que Deus criou o mundo às 15h30 do dia 23 de outubro de 4004 a.C. e que o apocalipse aconteceria no mesmo dia e horário em 1996. Bem, errou. Mas Usher inventou a expressão “antes de Cristo”, que usamos até hoje” (Superinteressante, dez/99, pág. 30).
Que sábio, hein! Sabia até a hora e o minuto exato da criação do mundo!
Mas ficou no ar uma pergunta? Essa hora seria o momento em que o criador dissera “haja luz”, ou o instante do término da última e tão maravilhosa obras: transformação daquele osso retirado da costela do Adão? O final do sexto dia e início do primeiro sábado não poderia ser, porque seria por volta das 18:00 horas, não às 15:30 horas.
Opa! Há mais um dado a considerar! Ao dizer “Haja luz”, não estaria o Senhor Yavé entre as cinco e seis horas da manhã, momento em que começa o dia? Então está descartado aquele instante também.
Ah, eureka! Acho que descobri! Deve ser mesmo a hora do nascimento da Eva, ou melhor, feitura da Eva. Mais ou menos duas horas e meia restantes do dia deve ter sido o tempo gasto por Yavé para apresentar ao casal todos os animais e plantas que estava pondo à sua disposição; porque no sétimo dia não fez mais nada, é o que relatou o escritor bíblico.
Hum! Uma coisa ainda me intriga! Porque era 23 de outubro? Não seria 1º de janeiro? Ou seria 21 de março, dia que começa o ciclo solar dos doze signos? Disse o Moisés que o Sol foi criado no quarto dia, o que poderia por o término da obra em 23 de março, não 23 de outubro. Mas se eu não sei fazer esse cálculo nem para contar os esses anos, como posso discutir com o poderoso Usher, que descobriu até a hora e o minuto? É melhor esquecer isso, não acha?.
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