Usina de Letras
Usina de Letras
112 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63301 )
Cartas ( 21350)
Contos (13303)
Cordel (10362)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10704)
Erótico (13595)
Frases (51830)
Humor (20190)
Infantil (5622)
Infanto Juvenil (4961)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141339)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1967)
Textos Religiosos/Sermões (6366)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->E lá se foi o Zé ! -- 09/01/2003 - 09:40 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E vamos todos...



A alegria em Portugal está de luto cor-de-rosa! Sim... Morreu um artista que, sem delongadas palavras, era o Zé Povinho reencarnado.



Foi-se um dilecto amigo, um conselheiro sapiente e benigno: "Vive, Torre, porque o Fado mata mesmo...". Esta frase foi-me dirigida há cerca de 36/37 anos num dos camarins do Teatro Sá da Bandeira, no Porto.



Nos bons e belos anos sessenta - que saudade! - quando o Zé vinha com regular frequência à Cidade Invicta fazer "Revista", gostava de ir ao Fado logo que terminava as suas actuações. Foi no Fado que nos conhecemos, ao correr de inesquecíveis serões que duravam, tantas vezes, até ao meio-dia. As manhãs na Ribeira eram nossas, como nossas eram as mulheres do povo, das tais que com o pão-nosso de cada dia comem o desejo.



Claro que estou comovido, absorto em nostálgica semi-tristeza, mas bem ciente de conformação. Conformado, porque o Zé Viana ajuda-me a encarar de franco sorriso nos lábios o meu próprio desaparecimento. Não somos de facto nada, absolutamente nada aquém ou além da realidade que nós, enquanto vivos, concretizamos ilusóriamente. E até isso, isso que somos e logramos, não levamos connosco, felizmente.



Desaparece, só fisícamente, José Viana, um "Homem-Tudo", tudo de efectivamente bom e harmonioso, artista de todas as artes, íntegro, comunista autêntico (só visto e sentido), que se bateu contra as rédeas e as esporas do poder absurdo e paradoxal dos comunistas políticos, estes que agora andam aqui por Lisboa a viverem lautamente a vida "em nome de"...



O Zé era um homem condignamente livre, uma pessoa que me faz excelsa comichão no cérebro e doravante, sempre que pensar nele, me provocará lágrimas a sorrir. O Zé era um excelente ser humano, daqueles que se enquadra num dito, como tão bem exprimiu uma dilecta Amiga minha: "É proíbido proíbir!"...




Torre da Guia

DR-SPA-1.4153






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui