E não é que muitas coisas não usuais acabam sendo rotuladas como "coisa de boióla". Eu mesmo, até de sacanagem, não deixo uma oportunidade passar batida e sempre tasco: "Pombas, isso é coisa de boióla".
Não deu para pensar o mesmo quando ouvi uma criança de uns quatro anos perguntar à sua mãe -"Veja mãe! O que é aquilo??" - apontando para o jovem que entrava no restaurante com cabelo cheio de arames. (É...acho que era arame, o cabelo do cara estava todo arrepiado, eram uns 10 centímetros de cabelo. Uma coisa terrível, parecia um desenho mal feito do sol)
A mãe, muito bem trajada, gente coisa é outra fina, respondeu sem pestanejar: "Filho, isso é coisa de boióla".
Ainda estou surpreso com a resposta seca da mulher!
Pena que nem me lembrei de olhar para a expressão do rosto da criança, mas certamente era uma expressão de quem não tinha entendido muito sobre os boiólas e suas coisas.
Ora não escrevo para defender os boiólas, nem para criticar, mas serei pai dentro de alguns meses, Andréa espera uma menina linda que se chamará, com muito bom gosto, Maria Eduarda.