Mais um dia de trabalho, meu irmão, em que buscamos cumprir nossas obrigações mais elementares. Vamos continuar daqui, pois temos princípio muito valioso de vida para perlustrar, em amor, os caminhos do Senhor.
Como você deve ter percebido, vamos indo aos pulinhos pois, em nossa vida pretérita, tivemos grave defeito na voz e, hoje, ainda não nos acostumamos com o fato de termos sido curados e, por isso, o nosso impulso para sua escrita está eivado de nosso magnetismo, acostumado a ir aos poucos, atendendo ao fato de que já estamos curados, e aos poucos vamos acostumando a ir, aos poucos, nos acostumando, e não mais vamos nos atribular, e agora já estamos começando a sofrer a influência dos amigos e já podemos ir nos acostumando a...
COMENTÁRIO — HOMERO
Mais um irmão sofredor. Esperamos que não se importe em recebê-los. Claro que não?! Ótimo, pois se trata de trabalho de muita benemerência.
Como você bem sentiu, no seu braço havia empuxo novo, nova sensação. É que a pessoa atendida sofreu de dislexia na última encarnação e não se habituou com o fato de estar “curado”, pois a gagueira que o afetou não mais se apresentava como problema externo, embora se situasse no âmbito de sua “consciência”.
“Consciência” não é propriamente o termo exato, pois o centro magnético que comanda a exteriorização motora dos movimentos é como se fosse centro nervoso, central elétrica da qual partem as energias que vão impulsionar as reações do perispírito, segundo a vontade demonstrada e comandada pelo “cérebro” — entre aspas porque é apenas semelhante ao dos encarnados —. Com essas explicações técnicas, esperamos ter trazido alguma luz para a compreensão do problema do espírito que se apresentou para a mensagem.
Tinha ele, realmente, preparado mensagem baseada nos princípios evangélicos que assimilou nas aulas, pois não se trata de espírito problemático como os anteriores. No entanto, ao verificar que vinha produzindo impulsos magnéticos muito parecidos com os de sua última encarnação, ou seja, quando se evidenciou o problema para ele, ficou perturbado e esqueceu o texto e o seu desiderato de trabalhar, preocupando-se em superar a deficiência e em deixar o instrumento sossegado.
Interviemos nesse momento para procurar fazê-lo superar a dificuldade, dando-lhe ensejo de se concentrar tão-somente no desempenho, que foi modificando-se, alterando-se, melhorando até que acabou por superar sua aflição. Nesse ponto, não apresentava mais condições de prosseguir na tarefa de transmissão e foi aconselhado a sustar o trabalho.
Para mais esse inconveniente, solicitamos sua compreensão. Por hoje, julgamos terminada a nossa tarefa. Foi-nos muito útil sua atitude de aceitar pacificamente todos os nossos momentos de atribulação. Sabemos que podemos contar com pena disposta a colaborar conosco em nosso trabalho e, por isso, lhe agradecemos, solicitando que se apresente de novo amanhã, sem falta. Obrigado, irmão, e prepare-se para receber vigorosa vibração para seu restabelecimento.