No nosso mundo informatizado, há uma disponibilidade rica em imagens e informações, somos levados à atingir uma agilidade mental maior do que se atingia, por exemplo, há vinte anos atrás. Ao mesmo tempo que a tecnologia permite que as pessoas tenham acesso a um maior número de informações, pode inibir a capacidade de decisão e de imaginação.
Com a evolução da capacidade mental, torna-se imprescindível aprender a lidar com as novidades para que elas sejam aproveitadas.
Nos tradicionais testes de medida de quociente (QI), especialmente útil se considerarmos que a maior parte das pessoas que sobressaem num tipo específico de inteligência (emocional, artística ou motoras, p.ex.) possuem um QI elevado. Isso porque toda atividade humana é resultado de uma combinação de fatores intelectuais e emocionais. Ou seja, a sensibilidade é muito importante, mas a capacidade de raciocínio, que esteja liigada à inteligência, também tem um enorme papel a desempenhar.
As características físicas do cérebro ajudam a determinar o destino das pessoas, sua possibilidade de ser feliz ou infeliz. Mas não é só isso. O destino também é resultado do meio social e cultural em que nos desenvolvemos.
A maneira como as pessoas enfrentam a vida e os resultados que obtêm é conseqüência de uma combinação de fatores biológicos, que vêm da nossa estrutura física cerebral e culturais, que têm a ver com a forma como cada um de nós se desenvolveu na estrutura familiar, escolar e social, no sentido mais amplo.
O estudioso neurologista português Antonio Damásio, um dos maiores pesquisadores da mente humana, enfatiza ser totalmene contra a idéia de que tudo que somos é determinado pela carga genética que carregamos e pela nossa estrutura física. Nosso cérebro elabora uma construção não só de imagens, do que acontece no mundo, mas também da nossa própria imagem. É através dessa imagem, que relaciona corpo e objeto, que vamos construir o sentido do próprio e a capacidade que temos de conhecer aquilo que acontecerá à nossa volta.
O mito de que as pessoas costumam achar que decidem e pensam melhor quando estão de cabeça fria, livres de emoções, é uma impressão totalmente errada.
Segundo Damásio, as emoções são extraordinariamente importantes no processo de decisão.
As emoções fazem parte do mecanismo neurológico da decisão.
Em minha opinião, não devemos tomar decisões baseados na falta de emoções. A cabeça fria é puramente razão. E por tomarmos medidas puramente cabeça, não levamos em conta os sentimentos que envolvem a nós e aos outros. Claro que não é possível agir puramente enfocado em emoções, mas sem elas, deixamos o impulso do descobrimento que envolve o nosso processo de auto-conhecimento. Friamente, o avanço torna-se exatamente a mola de destruição, como a mola da fria cabeça política, que pula da cabeça poderosa, sem qualquer tipo de auto-punição, e corre o mundo enviando sua destruição.