... alguns vermes, existentes no fundo dos rios, constituem como que uma brigada sanitária, pois alimentam-se de resíduos diversos contidos na água, desembaraçando-a assim dos agentes de poluição.
... há mais de um século, o alumínio era vendido a cerca de 1.000 dólares o quilo. Naquela época, ele era um metal tão precioso e raro como o ouro.
... crê-se habitualmente que o primeiro barco a vapor foi inventado pelo americano FULTON em 1883. No entanto, parece que 20 anos antes, já o francês ABBANS tinha inventado um outro que funcionou perfeitamente no rio Saône. Idealizou-o na prisão, vendo as galeras reais avançar à custa de remos. Antes de morrer, pobre e esquecido, escreveu as suas memórias. Começavam assim : «esta obra é minha mas não é para mim, outros colherão os seus frutos».
... Kamikase quer dizer – em japonês – Vento de Deus. Era este o nome porque eram conhecidos os pilotos «suicidas» japoneses que actuaram na 2ª. Guerra Mundial. A origem da palavra remonta ao século XIII. Duas vezes atacados pelos Mongóis, duas vezes os japoneses venceram, tendo a tempestade, que então soprou, feito afundar vários barcos da frota inimiga. Deram-lhe o nome de Kamikase e, desde então, uma velha lenda afirma que o «Vento de Deus» favorece sempre o Japão em tempo de guerra.
... foi em 1761 que pela primeira vez foi utilizado um braço artificial. Nas «Memórias históricas de anecdotas, frases, máximas e sucessos maravilhosos – extrahidos dos melhores Authores, assim sagrados como profanos» publicadas em Lisboa, no ano de 1786, e impressas na oficina da Academia Real das Ciências, com licença da Real Mesa Censória, podia ler-se o seguinte : «No ano de 1761 o Engenheiro M. Laurent, Cavaleiro da Ordem de S. Miguel, inventou hum artificial braço, com tal proporção, que havendo no Hospital dos Inválidos de Paris hum soldado, que lhe não havia ficado da guerra mais que hum pequeno coto do braço, com este artificial come, bebe, toma tabaco e escreve. Sabendo Luiz XV deste invento, o quis ver, e lhe foi o dito Engenheiro apresentado, e à Família Real, a quem o Monarca honrou, e premiou, louvando hum tão nobre invento, que de alguma sorte alivia a natureza, e socorre as desgraças da guerra. A Academia o examinou, e lhe fez honrosos elogios».
... em árabe, EL-AHRAM quer dizer «As pirâmides». É este o nome do jornal oficioso do Egipto.
... La Fontaine imitou algumas fábulas escritas por Lourenço Abstémio, humanista italiano do século XVI.
... deve-se a Platão a origem da palavra Academia pois ele deu este nome a uma das escolas filosóficas que fundou nos arredores de Atenas, nos jardins que haviam pertencido ao herói Academo.
... AEIOU, além das cinco vogais por ordem alfabética, foi também uma antiga e ambiciosa divisa dos príncipes da Casa da Áustria : «Austrioe Est Imperare Orbi Universo» (compete à Áustria governar o universo inteiro).
... um peixe dos recifes de coral do Mar Vermelho – o Anthias Squamipinnis – é capaz de se transformar de fêmea em macho para manter a espécie. Isolando várias fêmeas num tanque, por longo tempo, observa-se que uma delas muda gradualmente de sexo para fertilizar os demais. A transformação opera-se em duas semanas.
... Afrodite é o nome grego da deusa Vénus.
... segundo uma lenda, foi o deus Baco quem primeiro descobriu a planta que viria a ser chamada videira. Como era pequena, meteu-a num osso de pássaro. Como ela crescesse, meteu-a seguidamente dum osso de leão e depois, finalmente, num osso de burro. Foi desta lenda poética que nasceu a Trilogia do Vinho. Com efeito ele pode dar alegria (pássaro), força (leão) ou ... estupidez (burro). Esta lenda mostra afinal que a moderação é em tudo sinónimo de sensatez.
... uma carta aberta dirigida por sete bispos ao presidente duma república da América Latina, começava assim : «A Palavra de Deus é a Verdade, e a Verdade obriga a chamar patife a um patife...».
... na Etiópia, segundo rezam os livros, há 13 meses de sol (?). Explicação – Os etíopes, utilizam o Calendário Juliano que divide o ano em 13 meses !
... para ver se um pássaro é velho, deve avaliar-se a rigidez do seu bico e das unhas, assim como a intensidade da cor das suas penas. Nunca se deve cortar as unhas dum pássaro pois isso altera o seu estado fisiológico.
... na Sicília, quando há um crime, a tarefa principal da polícia é encontrar o morto porque o criminoso – esse – está quase sempre protegido pela mafia. Algumas vítimas nunca mais serão vistas pois – diz-se – estão misturadas com cimento armado, suportando sobre os seus ombros os arranha-céus que tanto embelezam a ilha.
... Atena foi uma das grandes divindades gregas. Figura mitológica, era a deusa da sabedoria e das belas artes, patrona da inteligência. Era protectora da cidade de Atenas, à qual teria mesmo dado o seu nome.
... é raro uma centopeia ter 100 membros. Na realidade esse número pode variar entre 14 e trezentos e tal.
... só em 1769, o café fez a sua aparição na Europa, trazido pelo Embaixador da Turquia na corte de Luís XIV. Porém, já em 1663, o padre português Manuel Godinho, num relato das suas andanças pela Índia, incluía o café (CAOÉ) entre os produtos daquele país.
... foi o físico norte-americano Theodore Maiman que inventou, em 1960, os raios laser. Trata-se dum feixe de luz perfeitamente coerente que percorre uma trajectória direita e sempre para a frente, sem se dispersar, permitindo o transporte a grande velocidade de enormes quantidades de energia.
... afinal os dinossauros parecer-se-iam com os gatos, pois, ao contrário do que se julgava, eles não gostavam de água ... Uma das espécies – os saurópodas – atingiam dimensões impressionantes: 27 metros de comprimento e 16 de altura. Os primeiros especialistas que reconstituíram estas montanhas de carne eriçadas de escamas, de placas ósseas e de cornos, imaginaram-nos tão incapazes de se deslocar como a tartaruga dos nossos dias. A análise do seu esqueleto e musculatura permitiu descobrir, porém, que eles possuíam, como os mamíferos, membros verticais adaptados a uma vida terrestre. Calculou-se mesmo que poderiam atingir em corrida os 50 quilómetros horários. Da imagem tradicional do dinossauro – lentidão, gordura, preguiça – parece já nada restar. Eles terão sido, pelo contrário, ágeis, enérgicos, e viviam a um nível fisiológico elevado que só depois foi atingido pelos mamíferos mais evoluídos. Assim se explicaria o facto deles poderem ter sido, durante 120 milhões de anos, os donos incontestados do nosso planeta.