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Artigos-->Dívida de Sangue -- 20/01/2003 - 08:07 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O veterano e multifuncional Clint Eastwood continua na ativa lançando seus projetos através de sua produtora “Malpaso”, apesar de seus 72 anos de idade. Ator consagrado e muito conhecido principalmente por seus papéis de pistoleiro solitário em diversos filmes do gênero “western”, tendo o ápice com o premiado “Imperdoáveis” (1992), e como o policial violento “Dirty Harry”, série que se iniciou em 1971 com “Perseguidor Implacável”, Eastwood é um profissional que também demonstra seu talento na direção, produção e roteiro.

Dessa vez ele retorna dirigindo, produzindo e estrelando o suspense policial “Dívida de Sangue” (Blood Work), que entrou em cartaz nos cinemas em 08/11/02, com roteiro de Brian Helgeland, baseado em livro de Michael Connely. Conta a história de um experiente agente do FBI, Terry McCaleb (Eastwood), que trabalhava na investigação de um perigoso “serial killer” conhecido como “Assassino do Código”, porém quando estava perto de capturá-lo numa perseguição à noite, a idade avançada impediu seu sucesso pois teve um enfarte e foi obrigado a deixar a polícia. Dois anos mais tarde, já aposentado vivendo num barco ancorado em uma marina, McCaleb ganha um coração transplantado novo, e está sob os cuidados de uma rigorosa médica cardiologista, Dra. Bonnie Fox (Anjelica Huston).

Porém, ele recebe a visita inesperada de uma bela mulher de origem latina, Graciella Rivers (Wanda de Jesus), que solicita ajuda para descobrir o assassino de sua irmã Gloria, que na verdade foi a doadora do coração para o policial. Uma vez simpatizando-se com o menino Raymond (Mason Lucero), filho de 10 anos da mulher morta e que estava agora sendo criado pela tia, e também sentindo-se na obrigação de descobrir o assassino de quem acabou salvando sua vida, McCaleb retorna à ativa por conta própria e inicia uma investigação pessoal, reunindo pistas, informações e depoimentos. Para isso, conta com a ajuda de uma ex-parceira e admiradora da polícia, Jaye Winston (Tina Lifford), de quem recebe materiais confidenciais importantes sobre o caso, pois seus antigos colegas do FBI, entre eles a dupla de detetives Ronaldo Arrango (Paul Rodriguez) e John Waller (Dylan Walsh), estavam sempre criando resistência ao seu retorno devido à várias intrigas pessoais entre eles. Contando também com a ajuda como motorista de um vizinho da marina, Buddy Noone (Jeff Daniels), e trabalhando numa árdua investigação através de um estudo detalhado envolvendo pistas físicas e tipos de sangue raros (como o seu próprio e o de sua doadora assassinada, daí o título do filme), além de sua incrível motivação pessoal, o agente McCaleb consegue identificar relações com o antigo criminoso que perseguia antes de se aposentar, culminando num confronto final entre eles.

Clint Eastwood, a exemplo de seus filmes anteriores como “Cowboys do Espaço”, não está se importando com a velhice e até utiliza-se desse argumento para compor seus personagens, encarando com bom humor as limitações impostas pela idade. Em “Dívida de Sangue” ele é um policial que quase morre devido justamente a sua fragilidade física e que se vê moralmente obrigado a retornar ao ofício para tentar desvendar um mistério pendente em sua vida e relacionado ao seu próprio drama particular. Com uma história interessante, o espectador vai sendo envolvido pelas situações e reviravoltas da trama acompanhando com McCaleb sua trajetória na solução de um caso transformado em assunto pessoal.

“Dívida de Sangue” é um thriller policial que apresenta os mesmos clichês característicos do gênero, com um desfecho previsível, porém ainda assim está acima da maioria dos filmes convencionais similares, e tem a vantagem exclusiva da presença de Clint Eastwood, com seu carisma, experiência e talento como diretor e ator.

Curiosamente, no início de sua carreira e ainda bem jovem, Eastwood teve uma participação pequena numa raridade do cinema fantástico produzida em 1955 e dirigida pelo especialista Jack Arnold, “Tarantula”, onde ele interpretou um dos heróicos pilotos de aviões de guerra que combatiam uma gigantesca aranha que aterrorizava a população do Arizona (EUA). Quase cinquenta anos depois, já consagrado e com sua própria produtora, ele continua nos presenteando com seus filmes como esse “Dívida de Sangue”. E que venham os próximos...
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