Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63248 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10686)
Erótico (13592)
Frases (51771)
Humor (20180)
Infantil (5604)
Infanto Juvenil (4952)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141315)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6357)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Verdade verdadeira -- 20/01/2003 - 12:35 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um dia um pretensioso ser exprimiu tola frase: A imprensa é o quarto poder, capaz de modificar os outros três . Linda paródia da realidade. Heresia da comunicação de massas. Axioma dos ébrios.

Existem muitos poderes, mas o mais importante atualmente, e em quase toda a história da humanidade, é o poder econômico.

Logo abaixo do poder econômico, pela ordem que este quiser, se encontram o Legislativo, Executivo, Judiciário, e para bem servir ao capital, a imprensa.

Instrumento da divulgação de vontades dos outros, mais fortes, estruturados, e que autorizam o seu funcionamento.

Indivíduos poderosos com carteiras de jornalistas e colunas nos filhos de Guttemberg são importantes como os gerentes de banco.

Convivem com o poder, visualizam as grandes fortunas, acompanham os grandes e pequenos atos sociais, e assumem a aura de integrantes de cortes.

Servem, são remunerados, bajulados, reconhecidos e manipulados, mesmo quando querem exercer o falso direito de deidade embutido nos seus códigos secretos de ética.

Mas, como o poder é efêmero, como tantas vezes disse o sábio filósofo Sêneca, um dia o banco manda o gerente embora, o jornalista desagrada aos editores ou aos poderosos de um lugar qualquer, e seu poder, aço, se desintegra perante a amônia contida no xixi dos patrões.

O gerente que antes era doutor se tiver sorte consegue montar o barzinho.

O jornalista se tiver sorte convence o gerente dono do barzinho a vender cerveja fiada.

Os dois poderosos de outrora, descartados pela sociedade capitalista e maniqueísta, se encontram no mesmo barco, onde lembram os tempos em que eram saudados com efusivos abraços, cartões de Natal e aniversário.

A coluna ocupada por um novato qualquer, a mesa do economista por um computador cheio de informações mais completas. A ressaca da verdade. A verdadeira.

O poder é efêmero. O porre também. Às vezes. O por do sol e o nascer da lua se repetem.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui