Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62754 )
Cartas ( 21341)
Contos (13286)
Cordel (10347)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51135)
Humor (20114)
Infantil (5541)
Infanto Juvenil (4864)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141065)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Considerações sobre o Amor -- 27/01/2003 - 10:58 (Priscila de Loureiro Coelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Considerações sobre o amor





Vivemos cada qual, o amor, da maneira como conseguimos compreendê-lo. No mais das vezes de forma limitada, sem nos dar conta do tão pouco que dele sabemos.

Parece que não relacionamos a confusão, inquietude e solidão que por vezes nos assola, com nossa inabilidade em lidar com o amor.

Amamos amiúde de forma equivocada, portanto, necessário se faz que reorganizemos esse sentimento, tão essencial a nossa felicidade.

Darmos atenção a ele é a única maneira de chegarmos a compreendê-lo, e assim experimentar sua a realização.

Confundimos o amor com sentimento de posse, desejando de forma incoerente aprisionar, reter, quando ele em sua própria essência é a encarnação da liberdade.

Talvez daí provenha toda sorte de desencontros e a razão maior de tanto sofrimento.

O Homem nasceu para realizar-se no amor e nele encontrar a possibilidade de alcançar a harmonia genuína que se manifesta no poder da criação.

Há que se dedicar com zelo a perceber a sutileza do movimento desta emoção, essencialmente humana. Sentimento que se expressa através do ritmo cósmico, que abrange a totalidade do universo, enquanto plenifica a unidade; que se perpetua pela eternidade, enquanto esgota-se no momento da paixão.

Mergulharmos sem receio nas profundezas da generosidade da alma, deixarmos nos perder no desapego ao que nos é tocado pelos sentidos, nos entregarmos sem reserva alguma, por inteiro ao prazer insólito de servir, de doar-se, sem nada solicitarmos em troca. Eis o que nos cabe, na busca de experimentar o amor em toda sua completitude.

Amor é um país sem fronteira, uma terra de ninguém, que possui a capacidade única de acolher a individualidade sem separar-se do todo.

O aprendizado do amor é algo fascinante e deliciosamente prazeroso. Um exercício contínuo de esquecer-se, de envolver-se nos meandros das necessidades e desejos do ser amado, não em atitude submissa, mas porque a felicidade do outro é tão plena e empática ao nosso coração, que se torna mais desejada que a nossa própria. É estar atento em silencioso apoio protetor, antecipando a cada trecho da jornada partilhada, os obstáculos possíveis, a fim de amenizar os sobressaltos do companheiro.

E o que de mais inusitado existe no amor, é que quanto mais o liberamos, mais ele nos corteja; quanto mais o dividimos, mais ele se multiplica; quanto mais o servimos, mas nos enche de mimos e cuidados, quanto mais o colocamos a prova, mais se intensifica.

Assim, misteriosamente o Amor seduz o ser humano, e dele se torna cativo. Quanto mais o encanta, mais dele se torna servo, num jogo que estabelece suas próprias regras.

No entanto, quando aprisionado, se esvai aos poucos, e mingua. Desintegra-se sem deixar vestígios. E seu vazio é repleto de aflitiva privação.

E o aroma perfumado da amizade genuína, a fragrância da cumplicidade, o odor característico da paixão, se perdem aos poucos pelo ar, tornando a atmosfera impregnada de um odor desagradável que exala a solidão.

O amor é Luz Multicolorida, alternando-se em matizes muito próprias do arco íris, em performance eternamente renovada.

Já a solidão tem cor escura que inviabiliza o caminhar, tolhendo qualquer possibilidade de se desvencilhar de sua densidade, aprisionando a alma na desesperança.

Assim, que cada qual se detenha a cuidar de compreender o amor, num ato de sobrevivência e conscientização; aventurando-se no mais louco, encantador e valoroso desafio, que é descobrir dentro de si o próprio amor.



Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui