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Artigos-->FACES DA VIOLÊNCIA -- 03/02/2003 - 22:38 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje em dia a vilência é maior do que, digamos,há trinta anos atrás. Tevê, rádio e jornais, infelizmente, dão tantas notícias sobre o assunto,

que tem folhas que dizem que "se espremer sai sangue" e há programas de televisão que dizem que, ligá-los,é como abrir torneiras em que jorra sangue... Também, a população aumenta e crescem os problemas das grandes cidades, com o surgimento de novas favelas;o desemprego se torna maior e o consumo de drogas(embora este não aconteça,apenas, entre os carentes, senão que em todas as camadas sociais...). Não há Serviço Social Contra o Mocambo - que mudou de nome ou, simplesmente,desapareceu - que dê jeito na proliferação de casebres nas periferias.

Com a diminuição do êxodo das vítimas da seca para o eixo Rio/São Paulo e estados do Sul,os retirantes vão ficando no Recife, Fortaleza, Salvador e outras capitais nordestinas.

Mas,voltando ao tema violência propriamente dito, esta existe desde que Caim matou Abel. Daí,passamos a contar um caso acontecido por aqui,na década de setenta: eramos constantes frequentadores do Bar Candelária,na parte litorânea sul do chamado Grande Recife (Jaboatão) - o autor destas linhas e uma sua ex-namorada -, quando conhecemos o promotor aposentado Dr. Osvaldo Zaidan,um senhor muito comunicativo,que estava sempre rodeado de amigos e curiosos de ouvirem casos por ele "pescados" na sua profissão. Certo dia, então, ele nos contou que um funcionário de importante jornal (motivo pelo qual a imprensa silenciou...), casado e pai de dois filhos, começava um namoro com uma universitária que estudava no turno da noite.Ele passava na Faculdade,ela gaseava a aula e os dois se mandavam para algum "recurso" (na época, não se chamava motel). Até que, numa noite de lua cheia - própria para o aparecimento de vampiros! -, resolveram fazer um programa diferente, mais romântico, e se dirigiram para o vasto coqueiral, então ainda existente na praia de Candeias.

Uma vez escolhido o local e estacionado o carro,tiraram as borrachas do piso e colocaram-nas sobre a grama,cobrindo-as com duas toalhas. O casal gostava de champanha e ele, que levara uma garrafa num depósito de isopor, com gelo; abriu-a naquele local paradisíaco,com aquele luar enfeitiçante,a tremeluzir nas palmas dos coqueiros,

como num pipoco glorioso, dando início a uma noitada que tinha tudo para ser inesquecível!

Porém, quando começaram os carinhos recíprocos,antes mesmo da bebida, apareceram três mascarados (meias de mulher nas caras, com buracos nos olhos e na boca) e disseram que era um assalto.Pediram a chave do carro e os pertences de ambos. Depois,amarraram cada um num coqueiro diferente e passaram a abusar sexualmente dos dois, enquanto tomavam champanha. Terminado o martírio, fugiram no carro da vítima,deixando-os nus e amarrados.

Depois de muito esforço,o jornalista conseguiu se livrar das ataduras e soltou a companheira. Os dois foram a pé até o terminal de ônibus, voltaram para a cidade e ele lembrou-se de um médico amigo,do Pronto Socorro. Por feliz coincidência, este esrava de plantão, e, com uma diligente enfermeira, pensou as lesões pelos dois sofridas(principalmente a moça). Esta,quando chegou em casa,disse aos pais que havia socorrido uma colega e que dormira na casa dela. Aliás, disse,passara a noite quase em claro,devido ao estado de saúde da amiga.

O jornalista prestou queixa na Polícia,e,dias depois,graças ao carro, que foi encontrado depenado, conseguiram pistas e chegaram aos bandidos.

Um Juiz determinou que fosse marcada audiência para reconhecimento dos presos,quando Dr. Zaidan sugeriu que fossem feitas duas audiências,em dias diferentes, para evitar maior constrangimento da moça. Assim foi feito. Os meliantes foram reconhecidos. Na primeira audiência - com o jornalista -, este, numa crise de indignação incontida, disse palavrões e tentou agredir , fisicamente,seu algoz,sendo contido pelos seguranças.
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