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Artigos-->EMIGRANTES -- 08/02/2003 - 22:08 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aí pela década de cinquenta, tivemos oportunidade de assistir a uma conferência do saudoso Mestre Gilberto Freyre, no Colégio Estadual de Pernambuco (antigo Gynnásio Pernambucano), na rua da Aurora.

Lembro-me do professor Ribeiro ("terror" da Matemática); e do professor José Ignácio de Albuquerque Lyra. Este, certa vez, na sala de aula, perguntou-me: "Seu nome é Geraldo de Albuquerque Lyra?" Respondi sim e ele silenciou.Talvez por eu ser um dos piores alunos da matéria!

Não recordo os nomes de outros mestres, nem do diretor - se já era Dr. Amaro Quintas (que ocupou o cargo por muitos anos), não sei. Quis, apenas, com as duas citações, dar autenticidade ao relato.

As aulas, naquela noite, obviamente, foram suspensas; e o auditório ficou repleto de estudantes ávidos de ouvirem o já famoso sociólogo de Casa Grande e Senzala.

Quando da composição da mesa, foi chamada uma personalidade cearense (se não me falha a memória, o Padre Mosca de Carvalho).

O certo é que, durante a conferência de cunho didático, o palestrante incluiu alguns momentos de humor, referindo-se ao fato do povo alencarino ser o que mais emigra, no Brasil. A tal ponto de, certa vez, ele (Gilberto Freyre) e um amigo, terem chegado na região dos Alpes Suiços, e, devido ao frio, entrarem num restaurante para tomar leite quente. Então, foram servidos com muita presteza e cortezia, tendo um senhor saído de detrás do balcão e sentado ao lado da mesa junto da que ocopavam, e, não tirava o olho da dupla. Foi quando um deles comentou: "Esse elemento está muito curioso em nos ouvir!"

- "Desculpem-me a indiscrição, falou o vizinho: é que sou cearense, comprei este negócio aqui no sopé dos Alpes, e estava gostando de ouvir a língua do meu País!"

De outra feita, estavam - Gilberto e o amigo - numa gôndola, em Veneza, Itália, quando o gondoleiro ficou, também, muito curioso e se apresentou como cearense.

Por fim, os dois amigos, na chegada em Shangai, pegaram uma charrete (é este o nome?) puxada por um homem (por aqui chamam, pejorativamente, de "burro sem rabo") e deram ao condutor o nome de um hotel.Durante o percurso, o "chinês", de longos bigodes e olhos apertados, de vez em quando, olhava para os passageiros. Um destes chegou a comentar:"Esse sujeito vai terminar provocando um acidente!". Mas, na chegada ao destino, enquanto recebia o pagamento do seu trabalho, o sorridente "charreteiro" disse: "Sou cearense e estou por aqui quebrando um galho! Fiquei feliz de ouví-los falando como aquele pessoal lá do Nordeste. Que saudade! Obrigado!"
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