O dia 1º. de janeiro entrou para a história como o dia em que a democracia se consolidou no Brasil. Pela primeira vez, esta palavra adquire seu significado real: do povo, para o povo e pelo povo. Pela primeira vez em nossa história deixamos de ser governados por uma minoria que servia a seus próprios interesses. Agora, quem está lá é um homem simples do povo, simbolizando o fim do “governo das elites”.
Boquiaberta, a elite brasileira, uma minúscula minoria da população, parou para assistir um torneiro mecânico, um homem do povo, suceder na presidência da República, sociólogo formado na Sorbone e com n títulos acadêmicos. Uma vitória imensurável para o povo e para a democracia.
As eleições de outubro mostraram uma mudança no comportamento político do brasileiro. Eternos candidatos da velha oligarquia brasileira, como Antonio Carlos Magalhães, Fernando Collor e Paulo Maluf, não se elegeram, apesar dos golpes baixos que usaram em suas campanhas. A maior prova dessa mudança é a vitória de lula para a presidência.
A festa de 1º. de janeiro jamais foi vista em toda a história brasileira. Tão grandiosa quanto aquilo que simbolizava. Brasília teve que assistir a posse do povo, foi invadida pelo povo e nada pôde fazer, a não ser assistir.
Pode-se considerar o 1º. dia de 2003 o início de um novo Brasil, disposto a mudanças e cheio de esperanças de um dia dar a seu povo tão sofrido, e ao mesmo tempo tão alegre, uma vida digna.
“Quando olho a minha própria vida de retirante nordestino, de menino que vendia amendoim e laranja no cais de Santos, que um dia fundou o Partido dos Trabalhadores e acreditou no que estava fazendo, que agora assume o posto de supremo mandatário da nação, vejo e sei, com toda a clareza e com toda a convicção, que nós podemos muito mais”. Trecho do discurso de posse de Lula, no Congresso.