“(...) Fomos criadas para depender de um homem e sentimo-nos nuas e apavoradas sem ele. Fomos ensi-nadas a crer que, por sermos mulheres, não somos ca-pazes de viver por nossa conta, que somos frágeis e delicadas demais, com absoluta necessidade de prote-ção .
(...) A um só tempo almejamos libertar-nos dos gri-lhões, e ter quem ( cuidando de nós) os recoloque” (Colette Dowling)
Mulheres, mulheres... negras, brancas, pálidas, tomem tenência! De 3 décadas prá cá, fizemos uma revolução no mundo feminino. De meras esposas parideiras, passamos a ser fêmeas que trabalham, geram, além de filhos, idéias, sustentam a casa, vão ao banco e em muitos casos, so-mos pai e mãe, empresárias, donas de casa e ufa, aman-tes!
Lendo o “Complexo de Cinderela”, fui percebendo, aos poucos, que adoramos a proteção masculina, porém, na maioria das vezes, nos “encostamos” nessa proteção e acabamos por boicotar e renunciar nosso lado profissional ou a `guerreira` que cada uma das filhas de Maria tem dentro de si.
Alguma coisa está mesmo fora da ordem. Sim, precisamos dos homens em nossas vidas, mas não estamos aprovei-tando o “ melhor da história”. Transformar nossos queridos em COMPANHEIROS DE JORNADA. Caminhar junto, for-mar sociedade no relacionamento e tentar garantir o lucro que esta possa nos oferecer.
Meu coração aperta. Será isto possível? Talvez. Se conse-guirmos vomitar toda a verdade que assombra nossos pio-res sonhos. Sinceridade. Jogar limpo. Abrir o bocão e APOSTAR. Não vai Ter castigo ou pai e mãe zangados. Não somos crianças!!!
Amigas, vamos nos unir! parar de competir entre nós mes-mas, procurar entender e aceitar a adúltera, a mãe solteira, a dona de casa (urgh), a biriteira, a que não gera filhos ou a que teve crianças demais.
Vamos brincar de ser mulher e em noites de lua, fazendo amor de vinho com nossos companheiros, abrir o coração e tentar dizer “- eu me amo, por isso luto. Talvez consiga te amar de verdade. Só preciso alimentar a loba que está es-condida dentro de mim”.
Queridas companheiras, vamos tecer, fio a fio, o manto que precisamos para aliviar esse frio imenso que, por vezes, castiga nossa alma. Somos mulher, não somos pecado.