Não há assunto mais mexido e remexido do que a guerra dos Eua contra o Iraque. Há aqueles que são contra a guerra por razões humanitárias, outros por motivos políticos e outros ainda pela aversão aos EUA. Há também aqueles que são a favor por admiração aos EUA, por acharem que Sadam é um ditador sanguinário, e outros ainda por motivos variados.
A divergência entre os que apóiam a guerra e os que são contra é tamanha que parece impossível encontrar um meio termo que possa satisfazer os dois lados. Mas o apoio a uma guerra me parece algo um tanto irracional. Por mais que os favoráveis argumentem dos perigos que Sadan Hussein possa representar e dos benefícios que sua derrubada do poder possa trazer ao povo iraquiano, tais argumentos não me parecem suficientes para justifica-la.
É de conhecimento de todos que uma guerra contra o Iraque pode levar a:
- Um grande número de mortos, tanto de civis como militares de ambos os lados;
- Uma desestabilização na região, estendendo o conflito para outras regiões.
- Uma desestabilização da economia mundial. Aliás, é o que já está acontecendo;
- Um aumento significativo na onda de atentados contra alvos americanos;
- Um antiamericanismo ainda maior e conseqüentemente um aumento da xenofobia por parte dos americanos;
- Um bi-polarização entre EUA e a Europa culminando numa nova guerra fria entre EUA e alguns paises europeus. Aliás, isso também já está no estado embrionário;
Não só tais argumentos já são o bastante para se opor a uma guerra, como também é do conhecimento de todos que essa guerra é puramente uma questão pessoal entre o Bush filho e aquele que o Bush pai não conseguiu retirar do poder. Também não se deve esquecer que a economia americana não consegue sair da estagnação. E usar o armistício para reativar a economia é um método que foi usado com grande sucesso pela Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini e por tantos outros impérios. Todavia, geraram uma oposição tão grande a esses regimes que não tiveram outra alternativa que optarem pela guerra. Parece-me que o governo direitista de Bush está indo para o mesmo caminho, não de forma tão intensa, mas de forma preocupante.