As palavras são filhas da nédia e profusa mãe da realidade genética dos indivíduos, consoante a época em que o fruto linguístico aflora e se enforma. São também invenção que presume dominar vidas e mortes. Sobretudo e primordialmente revelam o exercício da humanidade que se auto-denomina inteligente. Com elas ou sem elas pode ocorrer a mais nítida das deficiências, espécie de "homo" sem "sapiens" e retrocesso evidente à animalidade.
Vivi cinquenta anos na tentativa de livrar do erro as minhas palavras, persistindo ilustrar-me, até que cheguei à clareira sóbria onde o lapso entendível é muito mais eficaz a produzir o acto ou a traduzi-lo.
Adquiri a capacidade de decifrar a impressão mental (como a digital) doutrém através dos vocábulos e caracteres expressos, autênticos e verosímeis astros onde se pode captar o essencial das pessoas que se nos deparam. Neste enfoque, é tantas vezes o erro a demonstração inequívoca da virtude insofismável... Pois é?!
Posto isto, então, quando o erro proposita e tende à humilhação dos outros - o tal "bem comum" que anda constantemente no ar - deliberado para funcionar como punhal verrino e, ao mesmo tempo, causar gáudio nos que se afinam pelo mesmo ditâme, está-se sem dúvida perante gente cujo escrúpulo ultrapassa o obominável curso raticida.
É interessante, curiosidade até que merece atento e urgente estudo profiláctico, como é que gente desta toma a palavra "menino" e a leva a passear por esconsos jardins íntimos plenos de massa encefálica apodrecida. Lesa o raciocínio ouvir sistemáticamente por resposta que se pretende incutir na "criancinha", o mais cedo possível, a eficácia de ser "adulto".
Por consequência, bem do fundo do ego, que gosto tenho em "lilustrar-me", e doravante quanto mais possa, na serenidade das mensagens que trazem prazer e indizível gozo à alma, gostosamente, orgásmicamente embebidas em paraíso...
Bem hajas "lilialma"... Enquanto escorro e me alivio do nefasto óleo que me engordura de decepção e náusea, aliás justa paga para quem prendeu insustentávelmente na ponta dos dedos a hesitação do pensamento.
Que errática tendência
Me ia intuindo o "M"...
Por isso os e-mails
Vinham devolvidos
E não aproveitava eu
O "N" dos sentidos
Para escrever exacto e doce: Lilian !
Pensamento: acha atrás de acha... Que acha?!
Torre da Guia
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