Vânia Moreira Diniz- Escritora e Pesquisadora ( http://www.terravista.pt/FerNoronha/5843
Tema apresentado a convite de minha irmã Maria Cristina Moreira Safadi em sua Monografia sobre “A exclusão Social na Terceira Idade “ na Faculdade de Humanidades Pedro II Rio de Janeiro. Envelhecer é um processo constante e, por vezes, até certo ponto de nossas vidas, imperceptível, mesmo porque não queremos vê-lo com clareza. Isso, quando se trata de nós mesmos. Mas, olhamos a certa altura e vemos os cabelos brancos e outros sinais da marcha do tempo em pessoas próximas. Começamos, então a sentir medo.
Mas será tão ruim envelhecer? Há pessoas raras, é claro, que o fazem com tranqüilidade tão grande que nos surpreendemos com nosso despreparo.
Porque na verdade,a terceira idade, que vislumbro com certo receio, traz uma sabedoria e experiência que são infinitamente confortáveis. Mas só para as pessoas conscientes.
Mesmo a vaidade, mola mestra que impulsiona o horror a essa idade tão temida , pode ser cultivada.
Como não será maravilhoso sentir-nos fortes e com todos os reflexos depois dos sessenta anos? E o que não fortaleceria o nosso ego, olhar-nos no espelho e refletir-nos belos e saudáveis, embora com bastos cabelos brancos? O que não nos fará seguros saber-nos portadores de respostas sábias, sentindo-nos experientes o suficiente para entender todos os lados da vida?
Sabedoria, experiência e tranqüilidade deverá ser o trio sedutor da terceira idade. Sem ele, não há forma de sentir-nos felizes nessa fase da vida. É lógico que dentro dele deverá estar inserido a saúde.
Isso é ótimo na teoria e desejaria, sinceramente, que acontecesse comigo.
Começo a refletir em mim mesma, como se tivesse mais de sessenta anos e pudesse sentir-me feliz. Pode ser que até lá encontre forças para isso.
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