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Artigos-->* Esse é Meu o Outro é Seu * -- 16/05/2001 - 11:11 (KaKá Ueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
* Esse é Meu o Outro é Seu *







Este conto encaminha o despertar,

da criança na criança...

Permiti que ela viva sua infância,

que ocupe seu espaço.

Que seus ideais não seja deturpado.

Toda criança precisa viver sua fase seu tempo, seu momento.

Há um tempo para cada instante deste pequeno ser...

E este, não pode ser interrompido...

Tolhido!

em nenhum, momento devemos, ultrapassar...

invadir, os sonhos e as fantasias de uma criança.

Faz parte da estrutura para seu crescimento...

Criança com infância é criança feliz...

É adulto feliz...

Capaz e seguro!...

Certo dia presenciei uma cena!

Era uma cena, que mais parecia um conto...

Uma senhora muito caridosa!

Decidiu dá fim as suas tardes solitárias...

Ela caminhava todos as tardes por praças,

juntava todas as crianças, de rua,

E lá ela contava história...

Os contos eram sobre crianças RICAS...

Ela mostrava para todas aquelas crianças pobres...

como viviam as ricas!

Sem esquecer detalhe.

Porém sua platéia que nem comida tinha,

ouvia atenta!

Seu público, mal vestido, mal alimentado,

mal dormido!

em meio a tantas histórias,

ela citava uma criança em especial...

dizia que ela era uma princesa, linda e quer vivia em um castelo:

e que todas as meninas ricas eram princesa...

até que ironicamente ou sinceramente!

Uma criança suja, mal vestida suas vestes eram trapos e com fome,

levantou-se e perguntou-lhe,

senhora!

Porque a senhora não pergunta de nós?

Porque temos que ouvir estórias de crianças RICAS,

quando não temos nem o que comer?

Porque a senhora em vez de falar desse mundo,

que não conhecemos...

Não fala da gente!

E a criança insistiu, fala de nós!

Conte a minha historia!

Conte a sua história!

E ela continuou!

Eu não venho mais aqui ouvi-la...

Vocês olham prá gente,

e resolvem dá lições de moral,

O que a senhora pensa quando sai daqui?

Quando a senhora deita em sua cama macia e quente, depois de um belo jantar...

A senhora pensa o que?

E ela ouviu atentamente, aquela criança!

Ao mesmo tempo que sua cabeça fervilhava,

Sem palavras, nem saber o que dizer, sem resposta!

Levantou-se, sem dizer se voltaria...

Deixando-as todas lá, sentada...

sem argumentos foi embora.

Ao passo que não devemos blá blá blá, filosofar, para uma platéia, carente do básico..

Tornaria sem efeito envolve-los sofistica-los sem que tenha o mínimo inicial.

Sem alimento, sem lar, sem família...

sem o necessário,

eu também não ouviria ninguém!







Autora: KaKá Ueno



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