Para Milene Arder:
Quem sou?!
Não acedo a espécie alguma de religião. Não comungo de partidarismos políticos. Só trabalho onde todos forem responsávelmente chefes e subordinados. Não admito triologias práticas além do seio estreitamente familiar. Debato-me no misterioso espírito que designa por tácita aceitação a cabeça matriz que o rebanho segue.
Porquê?!
Os resultados humanos actuais estão à vista. A inteligência inferiorizou-se ao mundo-cão. Prefiro a ruptura ao entendimento hipócrita e, se muitas vezes hesito, isso deve-se ao peso da farsa educativa que em jovem forçadamente recebi.
Tão só... E o resto, deveras volumoso para argumentar e explicar, carece do miserável estendal de exemplos que as ditas santas ou doutas cabeças provocam.
Reconheço que tenho de suportar um enorme óbice de dúvida e a carga imbecil do preconceito. O busílis é simplíssimo. Tenho quase 64 anos e os outros replicam implicitamente: "Pois, não admira, pouco mais tens para viver".
Posto isto, Dona Milene, cedo e sustento, tome a
Senhora as atitudes que tomar, iluda ou contorne como quiser, goze, brinque, esfole ou "snobiche", como aliás é hábito admissível nas concertações em que se move.
Não é por amor, não é por Você, não é por eventualidade alguma que esteja indecifrável. Repito: sustento... e a causa é única. É por mim! De resto tenha a certeza de que sei e interpreto sem lapso quem foi Paulo entre os coríntios...
E não me belisquem por favor que eu também não beliscarei seja quem for.
À Vossa maneira: A César o que é de César e a Deus o que é de Deus... Pois é?!
À minha maneira, nunca me atreverei a afirmar, mesmo em face do mau trato gratuíto e estúpido que tenho recebido nesta Usina (meia-dúzia não são 180 milhões): O português aos portugueses.
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