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Artigos-->Padre Quevedo – Corpos Incorruptos (1 de 4) -- 09/03/2003 - 13:51 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Padre Quevedo – Corpos Incorruptos (1 de 4)



SANTA BERNADETE SOUBIROUS (1844-1879)



Padre Oscar Quevedo




No livro do Eclesiastes, se lê esta frase: Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás. Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. A realidade é constatada quase universalmente. Digo quase universalmente, por se darem exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de incorrupção.



A incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais.



O primeiro documento de autenticidade indiscutível que relata uma incorrupção, data do século IV e é redigido por Paulino, secretário de Santo Ambrósio, Bispo de Milão: este documento é redigido em forma de carta dirigida ao Bispo de Hipona, Santo Agostinho. Paulino descreve o descobrimento feito por Ambrósio: Por este tempo, ele (Ambrósio) encontrou o corpo do mártir Nazário que se encontrava enterrado num jardim fora da cidade de Milão; recolheu o corpo e o transladou para a Basílica dos Apóstolos. No túmulo foi encontrada a cabeça que fora decepada pelos inimigos, em perfeito estado, como se tivesse apenas sido colocada junto ao corpo, do qual emanava sangue vivo e uma fragrância que superava todos os perfumes. Tinham transcorrido 200 anos do martírio.



Mais preciso e mais digno de crédito é o relato de Eugippius acerca do corpo de São Severino, bispo de Noricum, morto em 482. Seis anos após sua morte, o corpo foi encontrado incorrupto. Embora existam muitos outros casos a partir do século IV até o século XVI, interessam-nos mais as preservações a partir do século XVI, por possuirmos fontes históricas mais comprovadas e mais fidedignas.



Em 19 de outubro de 1634, falecia a Madre Inês de Jesus, priora de Langeac. Seu corpo, sem sofrer qualquer processo de extração de entranhas ou de embalsamamento, foi sepultado na sala capitular, ao lado de outros membros da comunidade. Passados alguns anos, o Sr. Bispo, em vista do processo de Beatificação, ordenou que seus restos fossem exumados. O corpo foi encontrado sem sinal de decomposição. Transladações e verificações foram realizadas até o ano de 1770. Em 1698 e 1770, cientistas, cirurgiões e médicos declararam que humanamente, a preservação do corpo era inexplicável.



São Vicente de Paula faleceu em 1660, para atender aos pedidos de canonização a exumação do corpo foi feita em 1712, depois de mais de 50 anos de sua morte. Aberto o túmulo, na expressão de uma testemunha ocular tudo estava como quando foi enterrado. Quantos puderam vê-lo, observaram que seu corpo estava em perfeitas condições e os médicos atestaram que o corpo não podia ter sido preservado por meio natural algum, durante tanto tempo.



A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: Eu vi e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida.



Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspeção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiásticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam Ter sido introduzidos preservativos contra a putrefação. Foi uma verdadeira dissecação.



Após completar as investigações, os médicos declararam:



Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, úmidos e elásticos.



Baseada nesse testemunho, a Congregação dos Ritos aceitou a preservação como fato milagroso, apesar de 35 anos mais tarde, antes que fosse publicado o decreto de beatificação, uma terceira inspeção revelasse que na oportunidade, o corpo já não era mais flexível e brando. Os tecidos tinham endurecido, mas não estavam decompostos.



Padre Oscar Quevedo é Licenciado em Humanidades Clássicas; Licenciado em Filosofia; Licenciado em Psicologia; Doutor em Teologia; Professor de Parapsicologia, em várias Faculdades; Fundador, em 1970, do CLAP – Centro Latino-Americano de Parapsicologia: Pesquisa – Ensino – Clínica, sendo o primeiro (e talvez ainda o único) Centro Universitário de Parapsicologia, especializado e reconhecido, do Brasil.






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LEIA TAMBÉM:



Padre Quevedo – Corpos Incorruptos (2 de 4)



Padre Quevedo – Corpos Incorruptos (3 de 4)



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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.








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