À moda de Paulo Coelho, escritor de mérito consagrado e actual, hoje com oportuníssimo artigo no JN, o meu agradecimento ao "Mestre da Guerra" é mais genérico e vai no meio de biliões de gritos que se ouvem no planeta inteiro, gritos de indignação e lástima. Pudesse o meu cadáver acobertar com êxito a promissora e esperançada vida de uma só criança iraquiana.
Quero agradecer-te George por servires de repulsiva mola reveladora da sentida e bem precisa humanidade que ainda floresce no mundo, sejam quem forem as vítimas que os monstros sem escrúpulos entregam às searas da morte.
Tens tudo pronto, oh abominável ceifeiro de Lúcifer, para despoletares a mãe de todas as bombas sobre o martirizado povo do Iraque. Tens na mão a sublime invenção da dignidade científica, dos sábios que propagam o sumo da sabedoria sobre a cabeça da inocência e da maravilhosa fragilidade do ser humano.
Oh herói da amada pátria dos altos saberes tecnológicos, guerreiro hodierno, general do mais pacífico e democrático de todos os exércitos, rei do reino de todas as liberdades nunca imaginadas... Agradeço-te... Herdeiro incomensurável dos conquistadores lunares
Balancearás na parede da memória como o mais dos gloriosos vermes que a história humana produziu...
Quando baixares o polegar sentenciarás também a ascorosa "ditadura democrática" com que te delicias. Lembras-me Nero... Vais incendiar a tua amada cidade.
Torre da Guia
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